Reforma da Administração Pública
O Memorando de Entendimento tornou obrigatória a execução de uma vasta reforma da administração pública para a modernizar, redimensionar e adequar às necessidades do país. Para melhorar o funcionamento da Administração Central, foi aplicado o PREMAC (foi possível reduzir 37% das estruturas e de cargos dirigentes das Administrações Públicas, 20% da Central, 67% da Periférica, 24% da Indireta e 49% dos órgãos consultivos e outros). Foram limitadas as admissões de trabalhadores na Administração Pública; houve alterações na legislação laboral aplicável aos trabalhadores que exercem funções públicas; foi criada a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP). O Governo promoveu ainda a flexibilidade, a adaptabilidade e a mobilidade dos recursos humanos. Foi desenvolvida a utilização dos serviços partilhados, implementando projetos na área financeira, de recursos humanos e de compras públicas. Foi também promovida a interoperabilidade na Administração Central, permitindo, nomeadamente, a implementação progressiva da dispensa de apresentação de documentos já detidos pela Administração Central.
Portugal 2020
O Governo operou uma mudança estrutural na programação dos fundos comunitários, desde o modelo de gestão aos objetivos, processos e regras de atribuição do financiamento. A grande prioridade é a competitividade e internacionalização da economia, complementada com uma grande preocupação com a inclusão social e emprego, o capital humano e a sustentabilidade dos recursos. Os projetos passam a ser financiados de acordo com os resultados obtidos: a orientação para os resultados é a grande preocupação e constitui uma mudança de filosofia na aplicação destas verbas. Foram também criados mecanismos de transparência na gestão dos fundos e simplificadas as regras e processos (bem como garantida a celeridade nos processos). O Portugal 2020 privilegia, de forma decisiva, o apoio ao investimento por parte das PME. O ciclo do apoio à construção de infraestruturas está concluído e chegou o tempo de investir na criação de riqueza. Essa é a principal prioridade do ciclo de programação que agora se inicia. Cerca de 93% dos fundos destinam-se às zonas mais pobres do País, ou seja, o Norte, o Centro, o Alentejo e os Açores. Por outro lado, criaram-se mecanismos de incentivo às regiões de baixa densidade e promoveu-se a coesão territorial e social.
Reforma das Forças Armadas
A modernização das Forças Armadas e a sua adequação aos desafios do século XXI foram alcançadas através de um amplo conjunto de reformas, entre as quais se destacam a aprovação do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, que substituiu a anterior de 2003, e a revisão das leis enquadradoras de todo o edifício legal da Defesa Nacional. A Reforma “Defesa 2020” lançou as bases para umas Forças Armadas mais operacionais. Ao mesmo tempo, o dispositivo territorial foi redimensionado, com um redução efetiva de 30% ao nível dos comandos, unidades, estabelecimentos e demais órgãos das FA. Devido aos constrangimentos da atual situação financeira, adaptámos a Lei de Programação Militar e reestruturamos as indústrias da defesa. Ao mesmo tempo, instalámos um hospital único para as Forças Armadas em Lisboa e estamos a preparar a criação de um Instituto Universitário Militar, que vai integrar os atuais Institutos de Estudos Militares, a Escola Naval, a Academia Militar e a Academia da Força Área.