2013-01-30 às 17:02

JUSTIÇA TEM DE SER PONDERADA À LUZ DE NOVOS CRITÉRIOS «QUE NÃO PODEM SER DISSOCIADOS DA DISCUSSÃO SOBRE O PAPEL DO ESTADO»

«Todo o sector da justiça tem de ser ponderado à luz de novos critérios de exigência que, a meu ver, não podem ser dissociados da discussão ora em cima da mesa sobre o papel do Estado», afirmou a Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, na abertura do ano judicial, em Lisboa.

Acrescentando que «é urgente, por isso, promover formas inequívocas de responsabilização e prestação de contas no sector, designadamente no que respeita ao funcionamento dos tribunais, para garantir que os cidadãos reconheçam que os sacrifícios por si feitos se justificam numa boa prestação de justiça, a diversos níveis», a Ministra referiu que «a legitimação da Justiça passa por um aumento da eficiência e da eficácia dos tribunais».

«É neste contexto que se situa a grande reforma da organização judiciária», afirmou Paula Teixeira da Cruz, explicando que este pacote legislativo «trará ganhos significativos ao nível dos serviços prestados, e um significativo acréscimo de especialização», bem como «mais eficiência e profissionalismo à administração dos tribunais, que fica dotada de mecanismos de gestão, responsabilização e de prestação pública de contas, e previsão de incentivos, num sistema de justiça que se quer mais flexível, transparente e ajustável às reais necessidades das pessoas e empresas».

Afirmando que «também aqui se insere o novo Código de Processo Civil», a Ministra lembrou que este diploma, «ao privilegiar a verdade material em detrimento da verdade formal e ao estabelecer o reforço dos poderes do juíz na direção dos processos, aumenta a qualidade e celeridade da resposta da Justiça».

Sublinhando que «o trabalho a fazer exige o envolvimento empenhado dos Conselhos Superiores e das classes profissionais, aproveitando os diferentes perfis e os saberes daqueles que estão 'no terreno' e que há muito refletem sobre o sistema da justiça e a sua organização», Paula Teixeira da Cruz tornou a frisar: «Importa criar consensos na Justiça».

E concluiu: «Estas leis, a par da reforma intercalar do Código Penal e do Código de Processo Penal, bem como da reforma Código do Procedimento Administrativo, do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e do Código de Processo nos Tribunais Administrativos, representam as fundações de um novo sistema de administração da justiça, que urge implementar».

Tags: justiça, reformas estruturais, tribunais

ESTATÍSTICAS

  estatisticas ministerio justica

O MINISTÉRIO E OS MEMORANDOS

Principais objetivos
 
  • Reforço do sistema de Justiça,...
  • Aposta na desburocratização, no aumento...
  • Gestão racional dos recursos humanos e...
  • A fim de combater a morosidade da...
  • Esforço em dotar os tribunais do...
Ver todos