«Portugal honra-se de ter uma relação particular e de grande
afinidade com o continente africano, que se deve - sobretudo - aos
profundos laços culturais e linguísticos que o País se orgulha de
ampliar e projetar também no espaço europeu», afirmou o Ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, no encerramento da
conferência União Europeia-África, em Lisboa.
Lembrando que, «enquanto membro da União Europeia, Portugal
constitui um elo natural nas relações entre a Europa e África,
desempenhando um papel pioneiro na aproximação entre os dois
continentes», o Ministro sublinhou: «Há muito que defendemos uma
parceria mais forte entre ambos os continentes […], de cidadãos
para cidadãos, que promova os direitos humanos, as liberdades
fundamentais, a paz, a segurança, a justiça e a prosperidade».
Acrescentando que «importa aprofundar a nossa relação de
parceria», Rui Machete explicou que esta «é a base para uma maior
integração das nossas economias e para o desenvolvimento das
relações entre os dois blocos, com inegável potencial estratégico
de parte a parte».
«Os temas centrais desta Cimeira - o investimento na
prosperidade e nas pessoas, e a promoção da paz e estabilidade -
são pilares essenciais que devem continuar a guiar a nossa
parceria», afirmou o Ministro, acrescentando: «Como parceiros, a
estabilidade, a paz e a prosperidade em cada um dos continentes
afigura-se necessariamente de interesse recíproco», pelo que «um
diálogo constante, baseado no respeito mútuo, é essencial -
sobretudo num contexto internacional, em constante mutação, como é
aquele que hoje vivemos».
«É a minha convicção que África e Europa têm um longo mas muito
promissor caminho nesta relação de parceria, em nome da
estabilidade e do progresso nas áreas em que se joga a afirmação
dos nossos interesses estratégicos comuns», referiu ainda.
E concluiu: «Portugal, por seu lado, continuará ativamente
empenhado na implementação da estratégia conjunta e no reforço do
relacionamento entre a União Europeia e África».