«O futuro da economia passa por darmos continuidade ao processo
de internacionalização em curso, sendo o comércio externo um dos
pilares essenciais do programa de recuperação económica de
Portugal», afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Rui Machete, na abertura do seminário sobre a
Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, em Lisboa.
Acrescentando que «a política comercial é hoje reconhecida como
uma das vias para potenciar o crescimento e o emprego», o Ministro
lembrou que Portugal «tem sempre apoiado uma estratégia que garanta
a abertura dos mercados, uma concorrência leal e a segurança
jurídica dos investimentos».
Rui Machete sublinhou ainda que «as empresas e os agentes
económicos têm revelado uma atitude positiva e ambiciosa no plano
negocial, que vai ao encontro da postura que o Governo assumiu
desde o início».
Referindo que «a relação de Portugal com os Estados Unidos
integra uma das prioridades estratégicas de política externa no
longo prazo», o Ministro explicou que «a vertente económica deste
relacionamento é uma das dimensões com maior potencial de
crescimento», pois demonstra «a importância da interligação entre o
progresso económico, o bem-estar dos povos e a segurança» dos
Estados-membros da União Europeia e dos Estados Unidos.
«As relações entre a Europa e os Estados Unidos assumem
particular significado, desde logo, num plano estratégico e
político-diplomático», acrescentou Rui Machete, afirmando também
que, «atendendo aos importantes desafios com que nos deparamos no
sistema internacional, é por demais evidente que a cooperação
transatlântica se mantém como um importante pilar para a paz e para
a segurança globais».
E sublinhou: «O compromisso com mercados livres e abertos é uma
força motriz para o crescimento económico, a inovação e a criação
de emprego».
«A economia transatlântica representa quase 50% do PIB global e,
os dois blocos em conjunto [Europa e Estados Unidos], são
responsáveis pela emissão de 75% do investimento estrangeiro
global», referiu o Ministro. Assim, «é nesta ordem de grandeza que
é lançada a parceria de comércio e investimento entre a União
Europeia e os Estados Unidos».
E concluiu: «O Governo atribui a maior importância política à
negociação e conclusão deste acordo, como forma de ancorar o
relacionamento em sólidas bases, que permitam corresponder às
expectativas dos diferentes agentes económicos dos dois lados do
Atlântico, retirando constrangimentos ao aumento das trocas e
impulsionando o crescimento, numa altura em que o espaço
transatlântico enfrenta uma concorrência cada vez mais aguerrida
por parte de novos atores».