«Dispomos, até 2020, de um robusto apoio financeiro proveniente
da União Europeia, através dos fundos europeus estruturais e de
investimento», afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Rui Machete, na conferência Estratégia para o
Crescimento - Europa 2020, em Lisboa.
Referindo que a maioria destes fundos será canalizada para as
empresas, o Ministro explicou que estas «são o esteio da economia
portuguesa» uma vez que «impulsionam o crescimento, geram emprego,
e são fonte de inovação».
«A economia portuguesa atravessa um momento decisivo, que não
permite facilitismos ou ausência de estratégia», sublinhou Rui
Machete, lembrando que «o nosso País é, por natureza, exportador,
euro-atlântico e euro-mediterrânico».
«A posição geoestratégica portuguesa atribui-nos, no plano
atlântico, um natural papel de relevo nas relações da União
Europeia com África e com a América Latina, muito em especial no
espaço lusófono», referiu, acrescentando que «a internacionalização
e o acesso aos mercados, o financiamento e a tecnologia discutidos
nesta conferência constituem um sumário dos principais desafios
que, quotidianamente, as empresas europeias enfrentam no mercado
global» sendo «por isto, temas cruciais na recuperação da economia
europeia, sustentável e inclusiva».
«A crise económica e financeira expôs, sem dúvida, o grau de
interdependência existente entre os Estados-membros, reforçando a
necessidade de encontrar, em conjunto e de forma consistente e bem
orientada, o caminho para o crescimento», afirmou o Ministro,
realçando que «este caminho passa por Mais Europa».
O Ministro referiu ainda que Portugal «mantém os seus objetivos
com ambição, enfrentando este período como uma oportunidade para
proceder às reformas necessárias à recuperação dos atrasos
estruturais, que subsistem relativamente à média europeia».
E acrescentou: «Os sinais são encorajadores» pois «os números
mostram que, apesar dos constrangimentos orçamentais e das
consequentes restrições ao consumo interno impostos pelo programa
de ajustamento, Portugal tornou-se uma economia muito mais
competitiva, aberta e amiga do investimento privado, quer nacional,
quer estrangeiro».
Como resultado, ao cabo de três anos, «temos hoje um quadro
laboral mais flexível, um atrativo pacote de incentivos fiscais ao
investimento e um conjunto de reformas que reorientaram a política
económica para o estímulo ao investimento produtivo».
Rui Machete referiu também a necessidade do aprofundamento da
união económica e monetária, da união bancária e da criação de um
mercado europeu de energia.