Futuro da Língua Portuguesa, 29 outubro 2013
 
2013-10-29 às 11:48

PORTUGUÊS É UMA DAS MAIS LÍNGUAS INFLUENTES DO MUNDO «COM TENDÊNCIA PARA REFORÇAR A SUA POSIÇÃO»

«A Língua Portuguesa é hoje uma das mais influentes do mundo, com tendência para reforçar a sua posição na sociedade de conhecimento, enquanto idioma de ciência e de cultura. E com tendência também para o crescimento dos seus falantes, tanto os nacionais como os das suas diásporas, bem como estrangeiros»,  afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, na sessão de abertura da 2.ª conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, em Lisboa.

«A Língua Portuguesa afirma-se pelo número de falantes, pelo número de países de língua oficial portuguesa, pela sua abrangência continental, pelo seu crescimento na internet, pela cultura e mais recentemente, pela investigação, inovação e criatividade», afirmou igualmente Rui Machete, que acrescentou que «a Língua Portuguesa será cada vez mais alavanca para a criação de redes no espaço da CPLP, designadamente nos domínios científico e tecnológico».

O Ministro assinalou que «no mundo de hoje, recheado de desafios inimagináveis há apenas duas décadas - na sua maioria resultantes das Tecnologias de Informação - a Língua Portuguesa surpreende-nos positivamente nos mais diversos cenários, conquistando prestígio à escala universal e crescendo a um ritmo notável: o interesse pelo idioma aumenta a um ritmo que ultrapassa o crescimento demográfico médio anual da CPLP, que é de cerca de 1%, relevando portanto que falantes de outros idiomas se interessam e aprendem a nossa língua».

«É exponencial o número de pessoas de países terceiros que estão a aprender a Língua Portuguesa fora da Europa, nomeadamente na África Austral, na América do Sul, na Rússia e na China, verifica-se um cada vez maior interesse pelo estudo da Língua Portuguesa», declarou ainda o Ministro.

«Os números - referiu - dão-nos razões para encarar o futuro com uma expectativa positiva». A Língua Portuguesa é hoje:

  • «a 6.ª língua mais falada do mundo»;
  • «a 3.ª língua europeia de expressão global»;
  • «o 1.º idioma do hemisfério sul»;
  • é língua oficial, de trabalho ou de documentação «em mais de duas dezenas de organismos multilaterais ou regionais, incluindo as Nações Unidas»;
  • «os 250 milhões de falantes representam cerca de 3,7% da população mundial»;
  • «os 8 países membros da CPLP representam 4,3% do PIB mundial e são responsáveis por 2% do comércio internacional».

Recordando que o Plano de Ação de Brasília «elevou o patamar de exigência em torno» da projeção da língua, «assumindo que uma crescente afirmação mundial da Língua Portuguesa teria consequências no domínio económico, atraindo negócios e investimentos», como se verifica pelos números, Rui Machete acrescentou que «o Plano de Ação de Lisboa (...)responsabilizará cada um dos Estados membros numa efetiva concertação de iniciativas em matéria de política de Língua».

O Ministro afirmou que «é confortante olhar para o caminho já trilhado pela CPLP e constatar que, em muitos aspetos, passámos das palavras e das intenções aos atos e aos factos! Existe, sem margem de dúvida, um percurso recheado de conquistas assinaláveis que tem vindo a projetar a nossa participação, enquanto Comunidade, no xadrez mundial», exemplificando com o seu contributo determinante «para o êxito de candidaturas lusófonas ao exercício de mandatos nestas estruturas de primeira linha no concerto das Nações».

«Decorridos 17 anos desde a criação da CPLP, percebemos já que as linhas que logramos traçar e que as ações que concretizamos têm um impacto real junto dos cidadãos, na sua vida quotidiana, nas diásporas, nos media, nas organizações internacionais, nas universidades», concluiu.

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