Concluído o programa de ajustamento, «o País tem agora autonomia
para escolher uma de entre duas opções: cingir-se ao muito que já
foi feito e admitir que as restrições terminaram com o Programa, ou
reconhecer que ainda há muito por fazer e enfrentar os desafios de
frente», afirmou a Ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís
Albuquerque, no encerramento do Congresso das Comunicações, em
Lisboa.
«A escolha cabe aos portugueses, mas parece-me importante
explicitar as consequências de ambas as opções», sublinhou a
Ministra, referindo que «a primeira opção refletiria ignorar a
evolução da economia portuguesa nos últimos 20 anos».
Maria Luís Albuquerque afirmou que «a segunda via é a opção pela
responsabilidade, e enquadra-se na atuação preventiva». Os desafios
do mundo presente «podem não parecer tão prementes, mas rapidamente
serão condicionantes, caso não sejam enfrentados».
«Identificadas as causas da crise, a atuação preventiva assenta
em dois pilares: a consolidação dos resultados obtidos com a
atuação corretiva e a manutenção do mesmo empenho reformista»,
afirmou a Ministra, realçando que «os resultados obtidos até agora
não podem ser entendidos como um ponto de chegada, pois constituem
apenas o final da primeira etapa».
Maria Luís Albuquerque referiu que o programa de
ajustamento «tornou-nos mais capazes de enfrentar os desafios, e
colocou-nos mais perto de os superar. Evidenciou, também, que o
cumprimento e a responsabilidade dão lugar a um ciclo virtuoso de
resultados e de credibilidade. Para podermos continuar a beneficiar
deste ciclo, teremos de manter este caminho de ambição, ancorado
numa determinação permanente de reformar o País».
A Ministra concluiu afirmando: «O País tem autonomia para
escolher entre o facilitismo do passado ou trabalhar para um futuro
de maior prosperidade. E tem o dever de escolher com
responsabilidade».