2014-03-03 às 12:07

«AS PME SÃO O PILAR FUNDAMENTAL PARA O CRESCIMENTO DA ECONOMIA EUROPEIA»

«As Pequenas e Médias Empresas (PME) são, indiscutivelmente, o pilar fundamental para o crescimento da economia europeia», afirmou a Ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, num fórum intitulado «Da estabilidade ao financiamento para o crescimento das PME - Desafios e papel na recuperação europeia», em Bilbau, Espanha.

Acrescentando que as PME «são, também, o principal motor por detrás da recuperação europeia», a Ministra explicou: «Os últimos anos têm sido dedicados à resolução da crise financeira, através da melhoria dos mecanismos de supervisão e regulação», mas também «à resolução da crise económica global, através do Plano de Relançamento da Economia Europeia».

Porém, «2014 é um ano diferente», pois «marca o tempo para a ação», já que «a estabilidade financeira foi reforçada e os desequilíbrios macroeconómicos estão a ser corrigidos em toda a Europa, embora a vários ritmos», afirmou Maria Luís Albuquerque.

«Foram, por isto, criadas condições para se desenvolverem políticas que promovam o crescimento ativo e sustentável», que - por seu turno - «é impulsionado, principalmente, pelo investimento privado, como é o investimento privado que apoia a criação de emprego e permite a criação de riqueza e recursos adicionais na economia».

«As PME serão os principais intervenientes na recuperação económica que se inicia presentemente na Europa», sublinhou a Ministra, referindo ainda que «uma retoma plena depende da criação de mais e melhores empregos para todos» e «a criação de emprego depende do investimento», que por sua vez «exige financiamento».

Contudo, «as condições de financiamento das PME têm sido fortemente afetadas pela crise financeira e, principalmente, pela fragmentação financeira, por duas razões principais», explicou Maria Luís Albuquerque.

Em primeiro lugar, «as PME - em conjunto com as famílias - são as últimas a beneficiar da melhoria das condições de financiamento. Dada a sua menor dimensão, é maior a sua dependência do crédito bancário. Assim, as PME não beneficiam logo de taxas de juros mais baixas nos mercados». Por outro lado, «as PME sitas nos países periféricos enfrentam um desafio adicional, relacionado com a superação dos riscos da dívida soberana e bancária».

Com efeito, «a consequência mais direta da fragmentação financeira é vivida pelas PME, que convivem diariamente com empresas suas semelhantes a nível de produtos, mercados, planos de negócios e perfis de risco, mas enfrentam diferentes condições de financiamento, só porque estão localizadas em países distintos».

«À medida que os diferenciais de acesso ao financiamento se alongam no tempo, a capacidade de investimento das empresas retrai-se, reduzindo também o seu potencial de crescimento. No final, isto reflete-se no crescimento da própria economia, obstaculizando um plano de crescimento concertado a nível europeu». «Estando o problema identificado, é tempo de a Europa encontrar uma estratégia que estimule o financiamento das PME», concluiu.

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