Portugal está a criar emprego sustentável, uma vez que mais 110 mil trabalhadores passaram a ter contrato de trabalho por tempo indeterminado durante o ano de 2014, ao mesmo tempo que os contratos a prazo diminuíram, afirmou o Ministro da Economia em conferência de imprensa após a primeira reunião do Conselho do Comércio, Serviços e Restauração, em Lisboa, António Pires de Lima acrescentou esperar que no final de 2015 a taxa de desemprego esteja abaixo dos 13%.
O Ministro afirmou também a sua confiança em que o Produto Interno Bruto venha a ter um crescimento de acordo com as previsões do Orçamento de Estado para 2015, ou, eventualmente, acima desse limite - que é de 1,5%.
Pires de Lima considerou que os portugueses não podem estar satisfeitos com os índices económicos e de desemprego que Portugal apresenta, mas 2014 foi um ano de viragem com a economia a crescer assente nos pilares das exportações, do consumo privado e do investimento.
Em resposta a perguntas da imprensa acerca das opiniões do relatório do FMI acerca da situação portuguesa, o Ministro afirmou que o aumento do salário mínimo nacional foi uma medida de elementar justiça e dignidade social, sendo objetivo aumentar outra vez o ordenado mínimo em 2016 - o que o FMI considera errado.
Pires de Lima disse também que «o desafio que a economia portuguesa tem para continuar a crescer não tem tanto a ver com os seus trabalhadores, tem mais a ver com a qualificação dos seus gestores e a capitalização das empresas», mas «os gestores têm dado passos muito importantes na qua qualificação».
A reunião do Conselho do Comércio, Serviços e Restauração (que foi criado em fevereiro), debateu as prioridades para os respetivos setores, nomeadamente a importância da reforma fiscal e da estabilidade fiscal, o financiamento das empresas, especialmente para a sua capitalização, e a necessidade de simplificação administrativa.