O atual crescimento económico «tem muito a ver com a competitividade da economia portuguesa» e deve-se à
«grande reforma que aconteceu nestes últimos anos em Portugal na mentalidade das nossas empresas» afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima na entrega dos prémios Exportação e Internacionalização do Novo Banco, em Lisboa.
As empresas, que antes estavam focadas no mercado interno, passaram a apostar nos mercados externos, evoluindo de um mercado de 10 milhões de pessoas para «um mercado de todo o mundo», o que o aumento continuado das exportações mostra, pois 2014 «foi só o melhor ano de sempre».
O Ministro afirmou também que com o crescimento económico previsto para 2015 - e, esta semana, a Comissão Europeia reviu em alta a previsão do crescimento económico em 2015, estimando-o em 1,6% - «é verdadeiramente claro que vamos ter um défice orçamental abaixo dos 3% em 2015. O objetivo do Governo é de 2,7%».
E se «o ponto de partida é melhor do que tínhamos previsto, e é, porque vamos ter um défice abaixo daquilo que tínhamos previsto em 2014, melhores condições teremos para em 2015 cumprirmos os nossos objetivos», disse Pires de Lima, acrescentando que «esse é um ponto de honra da nossa política: situarmos o défice abaixo dos 3%».
Isto deverá acontecer apesar da
baixa nos impostos sobre as empresas e da reforma do IRS. Aliás, «a carga fiscal em Portugal tem de ser reduzida, nomeadamente nos rendimentos sobre o trabalho», reiterou o Ministro.
Mas, «só é possível reduzir substancialmente os impostos se tivermos orçamentos equilibrados, daí que o caminho da consolidação orçamental é o caminho que melhor garante a redução dos impostos no futuro», concluiu.