O Ministério da Economia afirmou, em comunicado, que «a privatização da TAP, se bem sucedida, é a melhor forma de assegurar o crescimento e o desenvolvimento da empresa bem como o interesse estratégico nacional na companhia», acrescentando que «só uma TAP com capital para crescer e uma gestão adequada ao universo concorrencial em que está inserida estará em condições de ser bem sucedida».
O comunicado recorda que «o objectivo de privatizar a TAP - parcial ou totalmente - tem constado de todas as ações de Governo desde 1995», tendo sido tentada por governos anteriores e feito parte do Programa de Estabilidade e Crescimento 4 (do Governo anterior) e do Programa de Assistência Económica e Financeira.
«O processo de privatização, em curso, resulta de uma decisão tomada em Conselho de Ministros, no passado dia 13 de novembro de 2014. Na reunião com os sindicatos, na passada sexta-feira, os próprios sindicatos clarificaram que a greve de quatro dias convocada para o período do Natal e Ano Novo não tinha por objetivo contestar a privatização, mas sim garantir que a privatização salvaguardaria um conjunto de preocupações elencadas pelos sindicatos», refere o Ministério da Economia.
O comunicado refere que «nesse sentido, e de boa-fé, foi apresentada uma proposta aos representantes dos Sindicatos para integrarem um Grupo de Trabalho com o Ministério da Economia, tendo em vista aproximar pontos de vista e permitir um diálogo construtivo entre as partes a tempo de poder influenciar positivamente a constituição do caderno de encargos que norteará a privatização e que será aprovado pelo Governo em janeiro de 2015».
Três dias depois, «os sindicatos dos trabalhadores da TAP rejeitaram a proposta do Governo e fizeram chegar ao Ministério da Economia um caderno de encargos negocial que fere a aproximação e o entendimento tido pelas partes na reunião de sexta-feira», considerando o Ministério que «a forma como, 72 horas após a reunião, se procurou condicionar a constituição do Grupo de Trabalho – pretendendo que o Governo suspendesse o processo de privatização, o que nunca este em causa – revela que os sindicatos não estão interessados em qualquer negociação e pretendem avançar com a greve na quadra natalícia».
Assim, «o Governo lamenta, uma vez mais, esta decisão dos sindicatos da TAP e reafirma a importância de ter a TAP a voar ao serviço do País. A greve de quatro dias convocada para o período do Natal e Ano Novo é altamente lesiva do interesse económico de Portugal, da TAP e, sobretudo, das famílias portuguesas que se querem juntar nesta quadra festiva», conclui o comunicado.