O projeto Âncora, que prevê a construção de quatro parques
eólicos em Portugal, como contrapartida pela compra dos dois
submarinos, já tem licenças e financiamento, afirmou o Secretário
de Estado Adjunto e da Economia Leonardo Mathias.
O Secretário de Estado destacou que o projeto Âncora «traz
claras vantagens para a economia nacional, que mantém e cria
emprego, promove a economia verde no setor energético, contribui
para o desenvolvimento regional e consequente redução de
assimetrias».
A construção dos parques eólicos inicia-se em dezembro com a
previsão de que «estejam totalmente operacionais no final de 2016»
implicando o projeto um investimento total de 220 milhões de euros
num total de potência instalada de 171,6 Megawatts (MW).
As empresas Martifer e Galp Energia constituem o consórcio que
vai fazer a construção, sendo o financiamento de 175 milhões
assegurado pelos bancos BPI, ING e Santander.
O Governo assinou em julho passado um novo acordo de
substituição das contrapartidas pela compra de dois submarinos
alemães, que prevê um investimento de 220 milhões de euros no
reforço da produção eólica, em vez de um hotel de luxo em
Albufeira.
Este acordo entre o Estado e o consórcio alemão GSC substitui o
projeto do hotel, projeto que o consórcio considerou que não tinha
viabilidade.
O contrato de contrapartidas estipulava a possibilidade de
substituição do projeto em caso da sua não execução.
«A obrigação contratual no âmbito do programa de contrapartidas
pela aquisição dos submarinos estará cumprida, uma vez que o
impacto económico deste investimento será superior a 600 milhões de
euros, compreendendo as fases de construção e de execução», segundo
as estimativas da Direção-Geral de Atividades Económicas, com base
na criação de 200 novos postos de trabalho, direto e indireto,
geração de receitas tributáveis, substituição de importações e
exportações, encomendas à indústria nacional, entre outros
indicadores considerados.