«As empresas portuguesas, em particular as de pequena e média
dimensão (PME), têm de complementar a oferta de crédito bancário
com instrumentos de capitalização, para terem estruturas de
capitais mais equilibradas para agarrarem novos mercados
internacionais», afirmou o Ministro da Economia, António Pires de
Lima, no fórum Portugal Exportar 2014, em Lisboa.
Acrescentando que «creio que o movimento gradual de recuperação
do crescimento das exportações poderá ter continuidade ao longo de
2015», o Ministro lembrou: «Há nove anos, talvez há menos, tínhamos
as empresas demasiado focadas no mercado doméstico, e muitas vezes
em setores não transacionáveis. Hoje, as PME que operam em Portugal
mudaram a sua cultura e têm as suas prioridades quase sempre
voltadas para os mercados externos».
«As PME portuguesas estão a fazer do mundo a sua casa», e o
aumento das exportações é prova disto: «As exportações registaram
uma evolução muito positiva e, atualmente, representam 42% da
riqueza que é criada em Portugal», referiu António Pires de
Lima.
Para a expansão das PME se manter, é preciso «ajudar as empresas
a dotarem-se de estruturas de capitais equilibradas, o que poderá
passar pela nova instituição financeira desenvolvimento, mais
conhecida como banco de fomento, que está a dar os primeiros
passos, mas que pode jogar um papel diferenciador», concluiu.