«O Mediterrâneo Ocidental é a região do globo onde Portugal mais
tem apostado na diplomacia política, económica e comercial»,
afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, à saída da
Conferência de Ministros dos Transportes do Mediterrâneo Ocidental,
em Lisboa. Nesta conferência, Portugal assumiu a preseidência do
GMTO 5+5 para o período 2014-2016.
Sublinhando que «as exportações para estes países do continente
africano passaram de 576 milhões de euros em 2009 para 1502 milhões
em 2013», o Ministro referiu ainda: «Com as importações a
manterem-se em torno dos 680 milhões de euros, o saldo da balança
comercial com este grupo de países passou de menos 111 milhões de
euros para um superavit comercial de 825 milhões».
«Estes números são o resultado da aposta da política portuguesa,
da diplomacia económica e da abertura que países amigos têm
mostrado para as propostas de valor das empresas portuguesas»,
acrescentou António Pires de Lima.
O Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e
Comunicações, Sérgio Monteiro, referiu as prioridades da
presidência deste grupo de 10 países - Argélia, Espanha, França,
Itália, Líbia, Malta, Marrocos, Mauritânia, Portugal e Tunísia -,
que Portugal assumiu até 2016:
«Além das questões ligadas ao financiamento de projetos como a
autoestrada no Magrebe e da rede intermodal de
infraestruturas de transportes do Mediterrâneo Ocidental, Portugal
está disponível para partilhar o seu conhecimento relativamente aos
riscos de conceção, construção e concessão de autoestradas, assim
como a sua experiência de cobrança electrónica de portagens».
E acrescentou: «Também na ferrovia, e além da gestão de riscos,
o País partilhará a sua experiência na área da sinalização e
comunicação, através da Refer Telecom. O mesmo acontecerá nas áreas
dos portos e logística, com a janela única».
«Na Argélia, há a intenção de potenciar a presença de empresas
portuguesas. Além de grupos de construção, como a Teixeira Duarte e
a Martifer, que já estão presentes no mercado argelino, há a
expectativa de aprofundar a presença de empresas públicas da área
dos transportes, como a Ferconsult e a Refer Engineering, que têm
prestado consultoria na ferrovia a metro na Argélia», afirmou
Sérgio Monteiro.