Competitividade, 3 setembro 2014
 
2014-09-03 às 14:29

SUBIDA DE 15 POSIÇÕES NA COMPETITIVIDADE MUNDIAL TRADUZ «DETERMINAÇÃO EM TORNAR PORTUGAL ATRATIVO PARA O INVESTIMENTO»

«Este é um relatório muito ansiado por ser o que tem maior expressividade entre os investidores», afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, referindo-se ao Relatório de Competitividade Global 2014/15, divulgado pelo Fórum Económico Mundial, cuja apresentação decorreu na Escola de Direção e Negócios da Universidade Católica, em Lisboa.

Lembrando que «nos últimos sete anos, não registámos qualquer progresso», o Ministro sublinhou: «Esta situação agora inverteu-se, com um salto de 15 lugares na classificação que merece ser saudado, pelo que representa junto dos investidores internacionais».

«Estas notícias são boas para o País e para os portugueses, porque a competitividade está ligada à sustentabilidade, e existe uma grande determinação em tornar Portugal atrativo para o investimento externo», referiu António Pires de Lima, acrescentando: «Estes indicadores surgem na sequência de outros relatórios que, nos últimos dois anos, têm registado os progressos do País, que resultam de muito trabalho dos portugueses, mas também das reformas estruturais aplicadas pelo Governo».

O Ministro afirmou ainda que, «para recuperar economicamente, Portugal não pode ser um país deprimido»: «Temos de mudar o paradigma económico e deixar de procurar rendimentos fáceis. Precisamos de contrariar as adversidades para alimentar a cadeia positiva que ajuda à recuperação económica e ao crescimento, sendo também necessário que o interesse das empresas esteja alinhado com os gestores, os trabalhadores e os acionistas, para atrair investimento externo».

«Hoje, vivemos na Europa um braço de ferro entre forças positivas, que lutam pelo crescimento da economia e pelo combate ao desemprego, e aspetos negativos, como a burocracia do Estado e a pesada carga fiscal, que nos podem empurrar para a estagnação», afirmou António Pires de Lima, acrescentando: «Em 2014, prevemos que a economia cresça 1%. O desemprego caiu de 17,7% para 13,9%, tendo sido criados 100 mil novos postos de trabalho no último ano».

«Portugal colou-se agora a países como a Espanha, ultrapassando a República Checa, a Polónia ou a Itália, e distanciando-se da Grécia. A par da Roménia, fomos o país da União Europeia que registou maiores progressos», realçou.

Mas «este salto é ainda muito positivo porque se repercute em vários sectores da economia», referiu o Ministro, destacando: a eficiência na gestão de bens e serviços (subida de 28 lugares); as reformas estruturais articuladas com os parceiros sociais (subida de 43 posições); o comportamento das instituições (subida de cinco lugares); as infraestruturas (idem); os cuidados de saúde e educação (24.ª posição); a sofisticação da atividade empresarial (subida de seis lugares); e a inovação (28.ª posição).

«A necessitar de consolidar progressos está a situação macroeconómica do País (dívida e défice público), que ainda representa um obstáculo à competitividade», acrescentou António Pires de Lima. «No geral, os progressos traduzem um trabalho em equipa frutuoso entre as empresas, as universidades, mas também com o Estado, que se reformou e está a dar um contributo importante em diversas áreas para que Portugal seja percepcionado no exterior como um país atrativo para investir».

O Ministro concluiu: «Desde dezembro de 2012, o sentimento de confiança dos agentes económicos é cada vez maior em Portugal. Em julho e agosto de 2014 esta evolução continua muito positiva, havendo um ambiente construtivo que é bom para a economia, uma vez que esta vive da gestão de expectativas».

Segundo dados do Fórum Económico Mundial, Portugal melhorou a sua competitividade subindo 15 posições, para o 36.º lugar. O País registou melhorias na criação de negócios (subida de 84 lugares em oito anos, para a 5.ª posição), e obteve também maior flexibilização no mercado de trabalho (113.º lugar, entre 144 países analisados).

Quanto à dívida pública, o País está em 138.º lugar, no setor financeiro em 104.º, e na facilidade de acesso ao crédito, no 108.º. Em relação à qualidade educativa, Portugal está em 40.º lugar, e na inovação ocupa a 37.ª posição.

Os melhores registos do País situam-se na qualidade das estradas (2.º lugar) e na gestão das escolas (4.º lugar). A pontuação global de Portugal no índice de competitividade subiu de 4,40 para os 4,54, em sete pontos possíveis.

Tags: competitividade, investimento, sustentabilidade, reformas estruturais, crescimento, emprego, economia, empresas, universidade, inovação

ESTATÍSTICAS

  20150522 Me Desempenho Turismo

O MINISTÉRIO E OS MEMORANDOS

Principais objetivos
 
  • Realização de um conjunto de reformas...
  • Rever o enquadramento jurídico da...
  • No domínio dos transportes e...
  • No domínio das Telecomunicações e...
  • Rever a Estratégia Nacional de Energia,...
Ver todos