O Ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou estar
«confiante na continuidade do processo de recuperação económica» e
acrescentou que a «economia portuguesa vai crescer em 2014», e «o
desemprego, de uma forma gradual, vai continuar a decrescer». A
descida do desemprego «é uma batalha que nos deve mobilizar a
todos, porque o desemprego é muito alto em Portugal, mas tem vindo,
felizmente, a descer e é importante que continue a descer»,
acrescentou.
O Ministro proferiu estas declarações em São Brissos, Beja, na
cerimónia de inauguração do adutor Pisão-Beja, a que presidiu
juntamente com a Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção
Cristas, um investimento de cerca de 37,1 milhões de euros que irá
garantir a adução de água à barragem dos Cinco Reis e servir 10 700
hectares de dois blocos de rega do projeto do Alqueva.
Pires de Lima afirmou que acredita numa economia portuguesa
«baseada no casamento saudável entre investimento público
reprodutivo, do qual o Alqueva é um belíssimo exemplo, e a vontade
empreendedora, que crescentemente se manifesta em Portugal e de uma
forma muito particular no setor agrícola e agroindustrial».
A recuperação da economia, afirmou o Ministro, «vive da força
das exportações» da competitividade de múltiplos setores da nossa
economia, e da capacidade de continuarmos a atrair investimento
qualificado e responsável para Portugal, acrescentando que «essa é
a minha luta, a minha prioridade.
A Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, reiterou que os
anos de 2014 e 2015 «vão ficar marcados na história de Portugal
como os anos em que mais regadio se instalou no País», tratando-se
de «cerca de 50 mil hectares» que estão ou vão ser instalados este
ano e em 2015 só na região do Alqueva. «Para não falar de outras
áreas do País, onde os regadios públicos continuam a bom ritmo»,
acrescentou a Ministra que anunciou na passada semana um
investimento em regadio na zona de Óbidos.
Assunção Cristas referiu que o regadio é uma «ferramenta
incontornável» para o «desenvolvimento profundo» da região do
Alqueva e, «naturalmente, para ajudar à recuperação económica» de
Portugal.
O Ministro da Economia informou ainda que a legislação sobre
aumento da limitação do transporte de carga de produtos hortícolas
e suínos «já está na fase final» e irá ser aprovado em Conselho de
Ministros.
Trata-se de uma «ambição que muitos agricultores têm» de que o
limite de carga no transporte de alguns produtos hortícolas, como
tomate e uva, e de suínos, possa ser «aumentado de 40 para 60
toneladas», à semelhança do que já está em vigor para produtos da
floresta.
É uma «medida simples que visa dotar a agricultura e a
agroindústria de uma maior competitividade, uma maior simplicidade
e racionalidade de custos na área dos transportes».