Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, 14 julho 2014
 
2014-07-14 às 17:02

VOOS REGULARES EM VISEU NO INÍCIO DE 2015 NÃO ACRESCENTAM CUSTOS E AUMENTAM COESÃO TERRITORIAL

«Esta é a retoma de um serviço que já não existia há alguns anos, e que já nem os agentes locais esperavam que pudesse ser retomado. Faço votos para que, no início do próximo ano, possamos ter os voos regulares que ligarão Viseu a Lisboa e a Faro já a operar», afirmou o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, na inauguração do hangar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, em Viseu.

Sublinhando que «a inclusão de Viseu e Portimão na rota que anteriormente servia apenas Vila Real, Bragança e Lisboa não traz despesas acrescidas», o Secretário de Estado acrescentou: «Temos a certeza que a inclusão de Viseu nesta rota, não só é compatível orçamentalmente com a realidade do País, mas também com as regras comunitárias».

«Esta é uma medida que contribui para a coesão social e do território, para o desenvolvimento de infraestruturas que são de primordial importância para a região e para o fomento da atividade económica». «É muito importante que os governos centrais não se esqueçam do interior na hora de tomar decisões», realçou ainda.

Sobre a importância do hangar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves inaugurado, Sérgio Monteiro referiu: «Pode parecer que estamos a tratar de sucata, mas destroços de aeronaves que são acidentadas são informação valiosa para a vida das pessoas, porque trataremos de fazer investigação de como prevenir as situações que ainda não aconteceram».

O hangar deverá entrar em funcionamento dentro de algumas semanas e servirá para armazenar e examinar as aeronaves acidentadas, o seu conteúdo e os seus destroços.

Viseu terá também uma ligação ferroviária, «independentemente da modalidade que for seguida. A decisão está tomada, está vertida no Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas e será uma realidade dentro deste quadro comunitário de apoio. Falta agora discutir, do ponto de vista prático, qual é a alternativa técnica, se a ligação da cidade à ferrovia será feita através da modernização da linha da Beira Alta, ou de uma nova ligação entre Aveiro, Viseu e Vilar Formoso», afirmou o Secretário de Estado.

«Esta decisão será tomada do ponto de vista estritamente técnico e de impacto económico na região. A decisão será aquela que melhor servir os interesses da região, sem esquecer os constrangimentos orçamentais pelos quais o País tem vindo a passar e a restrição ativa de não termos um envelope infinito do ponto de vista de fundo de coesão para a ferrovia», acrescentou.

Sérgio Monteiro lembrou ainda que «o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas sinalizou como mais prioritária a ligação Coimbra-Viseu, que prevê a melhoria e transformação do IP3 em perfil de autoestrada». «Uma vez mais, a decisão tem de ser tomada em função dos interesses dos agentes económicos e das populações. Nenhum Governo vai impor por decreto uma solução a uma região que tem uma voz tão ativa e importante como a região Centro e a cidade de Viseu».

Neste processo, «foram ouvidos agentes económicos, que apontaram como sendo a melhor solução a transformação do IP3 numa estrada com perfil de autoestrada, com a devida portagem, e que deverá avançar com dinheiros privados». «Contudo, se se encontrar uma alternativa que sirva de igual modo os agentes económicos e que possa ter um impacto melhor nos cidadãos da região, pois ajustaremos esta decisão. Importa, num prazo curto, tomarmos a decisão e avançar com o projeto e obra», referiu.

Sérgio Monteiro afirmou ainda: «Gostava de deixar uma palavra de tranquilidade em relação à TAP, porque os procedimentos básicos de segurança e manutenção da nossa companhia aérea de bandeira estão obviamente a ser cumpridos, e nem podia ser de outra forma». «Não é por acaso que, pela manutenção da TAP, passam muitos dos aviões de outras companhias aéreas que não tem capacidade de manutenção interna. Isto tem-se verificado ao longo dos anos e mantém-se no presente».

Sobre o incidente com um avião da TAP, que teve um problema num reator que originou a queda de algumas peças em viaturas e num edifício em Camarate, o Secretário de Estado referiu: «Este reator não é mantido pela TAP, é da responsabilidade do fabricante, que faz o acompanhamento direto da manutenção e das peças do reator e motor. O fabricante estará esta semana em Lisboa para verificar o sucedido e tomar as diligências que entender».

«Ainda é muito cedo para tirar conclusões. No entanto, creio que não há razões para fazer crer que a qualidade do serviço reconhecido da companhia está em causa», afirmou, acrescentando que «não tendo responsabilidade direta na manutenção daquele motor, a TAP aguardará o trabalho das entidades competentes, no sentido de evitar que se repitam estas situações».

Tags: transportes, obras públicas, Interior, coesão, investimento, desenvolvimento, parcerias público-privadas

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