Findo o programa
de ajustamento económico, «o Governo quer consolidar estes sinais
de crescimento económico e de retoma para que Portugal seja um país
onde se crie mais riqueza e o desemprego continue a baixar»,
afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, à saída da
inauguração das novas linhas de produção da fábrica da Unilever
Jerónimo Martins de Santa Iria de Azóia, em Loures.
A empresa vai
investir cerca de 30 milhões de euros para aumentar a
produção desta unidade destinada à exportação de 30% para
50%.
Sublinhando que «para consolidarmos este momento de crescimento
económico, é importante sermos fiscalmente moderados, se possível
até reduzir em algumas matérias a carga fiscal», o Ministro
ressalvou: «contudo, as matérias fiscais não dependem só da vontade
do Governo, já no passado houve necessidade de fazer ajustes
fiscais importantes a nível dos rendimentos do trabalho devido ao
cumprimento de imposições constitucionais, que devem ser
respeitadas».
E acrescentou: «Como Ministro da Economia, penso que aumentos da
carga fiscal são, genericamente, indesejáveis para a economia.
Entendo que, ao nível dos rendimentos do trabalho e do IRS, assim
que seja possível - e espero que seja já em 2015 - moderar o
esforço fiscal que está a ser pedido às pessoas».
No entanto, António Pires de Lima referiu: «Não estamos em
condições de, neste momento, assumir nenhum compromisso, e não vejo
nenhuma contradição importante nos vários discursos de distintos
membros do Governo». «Sinto um grande bem-estar no Governo,
trabalho num regime de grande colaboração com todos os meus
colegas, sejam eles do PSD, do CDS, ou independentes».
«Trabalhamos com um objetivo comum, depois de cumprido o
programa de assistência financeira, que é um dado já adquirido e
uma vitória de todos os portugueses, mas em que este Governo teve
um papel fundamental», concluiu.