«As exportações continuam a ser o principal motor desta dinâmica
positiva que está a levar a economia a crescer», afirmou o Ministro
da Economia, António Pires de Lima, na comissão parlamentar de
Economia e Obras Públicas, na Assembleia da República.
Acrescentando que, a este fator «têm-se vindo a juntar outros
dois elementos que são igualmente importantes e que - em conjunto -
podem atirar Portugal para uma taxa de crescimento bem mais alta,
sustentável no médio e longo prazo, e na redução do desemprego», o
Ministro referiu: o consumo privado e a agenda para o
investimento.
«Devido aos indicadores de confiança, tanto dos consumidores
como dos agentes económicos, estarem no patamar mais alto dos
últimos cinco anos, que se explica a evolução positiva do consumo
privado», explicou António Pires de Lima, sublinhando que «mais de
60% da riqueza que se cria em Portugal se deve ao consumo
privado».
Sobre a agenda para o investimento, que inclui alterações na
fiscalidade para as empresas, o Ministro afirmou: «Portugal hoje é
visto lá fora como um país interessante para o investir, e também
como um país vocacionado e competente para fazer parcerias e
negócios noutros continentes».
Mas «também o setor do turismo está a ajudar a recuperação de
Portugal, é uma área que tem dado um contributo extraordinário para
a retoma da economia portuguesa», lembrou.
Acerca da privatização da TAP, António Pires de Lima afirmou que
este processo «só deve ser relançado no momento em que o Governo
sinta o conforto que isto possa suceder com sucesso». Isto porque,
«se o processo for relançado, é preciso ter segurança que termina
com sucesso», sublinhou o Ministro, acrescentando - contudo - que
«o caminho para o crescimento da TAP passa pela sua
privatização».
Referindo-se aos processos de concessão das empresas de
transportes, António Pires de Lima afirmou que «o Governo vai abrir
concursos para as concessões de transportes no Porto (Metro do
Porto e STCP) já no mês de julho. A seguir, será a área
metropolitana de Lisboa (Carris e Metropolitano de Lisboa), de
forma a termos até, ao final do ano, isto concluído».
Em relação ao banco de fomento, o Ministro afirmou: «Espero que
arranque e esteja de facto ao serviço da economia já durante os
meses de setembro e outubro, mas temos realmente de respeitar os
prazos do Banco de Portugal». E concluiu, sublinhando «a
importância do banco para a capitalização das Pequenas e Médias
Empresas (PME)».