Investimento, 27 junho 2014
 
2014-06-27 às 14:29

NÚMEROS DO INVESTIMENTO SÃO «PRUDENTEMENTE ANIMADORES»

O Ministro da Economia afirmou que «o motor mais difícil de ativar nesta recuperação económica é o investimento» e disse que foi sobretudo neste problema que concentrou «uma boa parte das energias neste primeiro ano de governação no Ministério da Economia». António Pires de Lima intervinha na abertura da conferência «Investimento e Empreendedorismo», promovida no Porto pela Associação Nacional de Jovens Empresários.

Os dados relativos ao investimento são «prudentemente animadores», pois «o investimento em capital fixo e em bens reprodutivos industriais cresceu 9% no último trimestre de 2013 e terá crescido 11,3% no primeiro trimestre de 2014».

«As nossas projecções macroeconómicas para 2014 eram muito prudentes» referiu Pires de Lima, pois previam um crescimento do investimento privado, pela primeira vez em 10 anos, de cerca de 2% ou 3%, mas «a taxa é bastante superior», destacando-se o investimento privado na produção de bens e serviços transaccionáveis, que é «a principal arma para criar riqueza e emprego».

O Ministro afimrou que a questão do investimento está diretamente relacionada com a do financiamento das empresas portuguesas, sendo que, a este nível, a realização da união bancária europeia permitirá «corrigir a deficiência estrutural do mercado único que estava a condicionar fortissimamente o desenvolvimento do tecido empresarial português e de outros países da Europa do Sul».

A criação da nova instituição financeira de fomento «poderá ter um papel importante», quer na «gestão mais profissional dos fundos europeus ao dispor das empresas a partir de Setembro», quer no «desenvolvimento de instrumentos de crédito e de capitalização» complementarmente à banca comercial.

Pires de Lima alertou para que o desafio de capitalização das empresas portuguesas «está longe de estar ganho» e representa «uma mudança cultural muito exigente para os empresários que ainda está por consolidar em Portugal». A capitalização implica «ou alocar mais recursos próprios em vez de recorrer tanto ao crédito bancário, ou abrir espaço no capital das empresas, muitas delas familiares, a novos investidores».

O Ministro referiu também os «indicadores mais positivos» de evolução do consumo privado que, em conjugação com o dinamismo das exportações, «podem colocar a economia portuguesa numa trajectória de crescimento sólido e sustentado». «A nível do consumo privado, os indicadores são ligeiramente positivos, o que é importante, porque 60% da nossa economia vive do consumo privado e é uma ilusão ter crescimento económico com o consumo privado a cair», afirmou.

Tags: economia, investimento, empresas, banca, união europeia

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