Assembleia da República, 17 junho 2014
 
2014-06-17 às 16:03

HÁ 13 EMPRESAS INTERESSADAS NA CONCESSÃO DOS TRANSPORTES PÚBLICOS DE LISBOA E DO PORTO

«Temos 13 interessados a participar no processo de consulta» para concessão dos transportes públicos de Lisboa e do Porto, disse o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações na Comissão de Economia e Obras Públicas da Assembleia da República. Sérgio Monteiro acrescentou que há «13 em Lisboa e 13 no Porto, algumas delas diferentes».

O Secretário de Estado disse que as empresas que ficarem com as concessões dos transportes públicos não vão ter liberdade tarifária, ficando igualmente sujeitas às «regras de variação de inflação que há já hoje».

O Estado poderá optar pelo modelo de concessão (concessionando 100% da rede) ou optar pelo modelo de subconcessão (subconcessionando um terço da rede), uma vez que «há uma diretiva comunitária que determina que, no modelo de subconcessão, não possa ser concessionado mais do que um terço da rede», disse Sérgio Monteiro. Cada operador terá o seu próprio contrato de concessão, com direitos e obrigações estabelecidos.

Contudo, a concessão das empresas públicas de transporte só avançará «se a sua gestão e o interesse do Estado na prestação do serviço for acautelado e se as empresas privadas forem mais eficientes nos custos e na prestação do serviço do que o Estado».
«Se assim não for, o Estado continuará a prestá-las», referiu.

A dívida histórica das empresas de transporte deve ser assumida pelo dono do ativo: «O dono dos ativos continuará a ser sempre o Estado. Por isso falamos em concessão e não privatização. Os ativos serão sempre do Estado. Por isso parece-me lógico que quem mandou as empresas fazer ativos seja responsável por elas», afirmou.

O Secretário de Estado anunciou que «o Governo comunicou aos municípios, que não manifestaram oposição, que as indemnizações compensatórias serão eliminadas no próximo ano». Apenas a Refer «continuará a ter indemnizações compensatórias, mas todos os outros deixarão de ter a partir de 2015, independentemente de o processo de concessão a privados ter ou não desfecho até 2014».

Acerca do processo de privatização da TAP, Sérgio Monteiro afirmou que «se sentirmos que há ambiente competitivo ponderaremos reabrir o processo. Ambiente competitivo significa interessados para a venda direta ou eventuais interessados no processo de aumento de capital em mercados de capitais. Não temos hoje a certeza de que isso seja uma realidade».

«Estamos a olhar para várias alternativas», uma vez que a empresa tem necessidade de reforçar os capitais para ter uma «robustez financeira maior da que tem hoje», uma «condição que é muito importante que aconteça num prazo relativamente curto».

Tags: transportes, despesa, dívida, aeronáutica

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