Ministro da Economia, 16 abril 2014
 
2014-04-16 às 16:01

«CRIAR BASES PARA QUE CRESCIMENTO ECONÓMICO POSSA SER SUSTENTÁVEL PARA ALÉM DESTA LEGISLATURA»

«A grande missão deste Ministério é, mais do que confirmar o momento de viragem positivo da nossa economia em 2014 e 2015, a ambição de criar as bases para que este crescimento possa ser sustentável no período que vai para além desta legislatura», afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, na comissão de Economia e Obras Públicas da Assembleia da República.

Acrescentando que «as exportações portuguesas já representam 41% da riqueza criada pelo País (quando, em 2009, esta rubrica representava apenas 28% do PIB)», o Ministro sublinhou: «Este crescimento é impressionante, atestando bem a capacidade competitiva das nossas empresas». «Esta evolução tem todos os ingredientes para continuar em 2014».

Quanto à evolução do consumo privado, António Pires de Lima referiu que este é «o segundo motor da economia», tendo «estabilizado, e estando a dar sinais de crescimento». «Se as exportações valem 40% da riqueza, o consumo privado vale cerca de 60%», o que significa que «há confiança dos portugueses no momento que estamos a viver, uma vez que os rendimentos disponíveis às famílias não cresceram».

«Não podemos deixar de registar esta inversão de tendência», sobretudo «após todos os sacrifícios e esforços que foram já pedidos aos portugueses», afirmou o Ministro, acrescentando: «A taxa de poupança cresceu de 6% para quase 14%, entre 2011 e 2013. As pessoas com falta de confiança passaram a poupar e deixaram de consumir fora de casa».

E realçou: «Para assegurar o crescimento da economia, há que apostar na trilogia de sucesso: exportações, consumo privado e investimento».

António Pires de Lima referiu ainda: «O contributo do Ministério da Economia para os 1400 milhões de euros [das medidas anunciadas ontem pelo Governo], é de 170,8 milhões de euros». Deste montante, «139,7 milhões de euros têm a ver com a reestruturação de serviços ou concessões. Temos estimado poupar 1,2 milhões de euros com as extinções das direções regionais de economia».

«O projeto das concessões, nomeadamente, dos transportes metropolitanos de Lisboa e Porto, vai permitir uma poupança estimada entre 80 a 85 milhões de euros em indemnizações compensatórias», explicou o Ministro, acrescentando que «o setor empresarial dos transportes melhorou a rentabilidade em 250 milhões de euros nos últimos três anos».

Sobre a fusão da Refer com as Estradas de Portugal, António Pires de Lima reafirmou que este «é um projecto que vai para a frente, já que obedece a toda a lógica e racionalidade».

«Através deste projeto, para além de uma gestão integrada das duas infraestruturas, vão-se conseguir poupanças importantes»: «Estimamos próximo de 50 milhões em 2015, a que depois irão crescer mais de 115 milhões de euros no quinto ano após a concretização da fusão (2019)», concluiu.

Tags: economia, exportação, crescimento, transportes, investimento, poupança, sustentabilidade, consumo

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