Transportes e Infraestruturas, 3 abril 2014
 
2014-04-03 às 19:03

6067 MIL MILHÕES DE EUROS ATÉ 2022 PARA TRANSPORTES E INFRAESTRUTURAS, PROMOVENDO A COESÃO

«Esta primeira semana de abril tem sido marcada por um conjunto de anúncios relevantes, que vão consolidando aquelas que têm sido as prioridades na agenda deste Ministério e deste Governo», afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, acrescentando: «Estou a falar do investimento, que é essencial ao projeto de recuperação económica do País». Estas declarações foram feitas na apresentação do plano estratégico de transportes e infraestruturas, em Lisboa.

Lembrando que «na passada segunda-feira demos notícia do investimento da Autoeuropa no valor de 670 milhões de euros», o Ministro referiu ainda que «amanhã estaremos noutra grande empresa internacional que está há muitos anos em Portugal, a Siemens, para dar sinal de outro investimento relevante».

«Hoje - contudo - queremos dar nota deste Plano, assente nos pilares do crescimento, da competitividade e da coesão, que inclui também a sinalização dos investimentos prioritários na área dos transportes para os próximos oito anos», explicou António Pires de Lima.

E sublinhou: «O anúncio dos investimentos prioritários para as infraestruturas têm subjacente uma visão logística de Portugal» que «obedece a uma lógica de desenvolvimento e de competitividade que está devidamente documentada no plano estratégico dos transportes (2011) ou no plano de fomento industrial (2013)», entre outros.

Assim, «a proposta do Plano, hoje aprovada em Conselho de Ministros, começou por nomear um grupo de trabalho que, ao longo do último trimestre de 2013, trabalhou na definição das prioridades mais relevantes segundo critérios já disponibilizados, com o propósito de promover a discussão pública».

O Ministro lembrou ainda que «o Ministério participou - até - em várias iniciativas, para ouvir todos os contributos a integrar neste trabalho», sendo «o Plano é como o corolário deste percurso, que será disponibilizado aos media já na próxima semana».

António Pires de Lima sublinhou também que «este Plano não tem a pretensão de ser exclusivo», mas «será complementarizado por investimentos de proximidade, que entidades dos respetivos sectores apresentarão», sendo que «existem 59 projetos».

Sobre a principal aposta do Plano se centrar nos sectores portuário e ferroviário, o Ministro afirmou: «Isto explica-se pela ainda fraca capacidade dos nossos portos. E também porque a ferrovia precisa de investimento virado para a modernização». «Nestas duas áreas, Portugal mantém valores muito abaixo da média europeia».

O Plano engloba uma verba total de 6067 mil milhões de euros para um horizonte de oito anos (2022), dos quais apenas 1400 a 1700 milhões de euros serão suportados pelo Estado, através dos sucessivos orçamentos.

Desta forma, «os investimentos prioritários serão, essencialmente, financiados através de fundos comunitários (50%) ou por concessões privadas que salvaguardem sempre o interesse público», referiu António Pires de Lima. 

O Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, afirmou: «São seis os corredores em que assenta este Plano: fachada Atlântica, internacional Norte, internacional Sul, Algarve, interior, e transportes de passageiros.

«Ao eixo do interior caberão 45% das verbas alocadas», sublinhou o Secretário de Estado, acrescentando: «À fachada Atlântica caberão 40% das verbas, o Algarve terá 2% e a rede de transportes públicos de passageiros terá 13%».

Em termos de sectores, «a ferrovia terá 44% - devido à importância estratégica, ambiental e de sustentabilidade acerca da qual se reveste -, os portos terão 25%, a rodovia terá 15% (incluindo ligações de proximidade), os transportes públicos de passageiros terão 12%, e o setor aeroportuário terá 4%», referiu Sérgio Monteiro.

Por rede, e dada a importância que a ligação transeuropeia reveste, «62% do total das verbas ser-lhe-á alocada, 21% será destinada à rede global, e 17% à rede não global (embora importante para o desenvolvimento do País)», afirmou o Secretário de Estado.

Sérgio Monteiro acrescentou ainda: «As Estradas de Portugal e a Refer serão fundidas numa só entidade, denominada Infraestruturas de Portugal, para aumentar a eficiência e a intermodalidade».

Será também criada a rede Portugal porta a porta para «alargar a oferta de transportes públicos no País, tornando-os mais sustentáveis, e promovendo a coesão social e territorial que caracterizam as políticas deste Governo», referiu o Secretário de Estado.

O Ministro afirmou: «O investimento de cerca de 6 mil milhões de euros está dividido por sectores, corredores, e projetos. Este Plano é para vigorar nos próximos oito anos, em 59 projetos».

E concluiu: «Assim que o relatório do Plano for publicitado, será claro para todos que se tratam apenas de documentos preliminares, que - antes de serem executados - carecerão, quer de viabilidade ambiental e de uma análise técnica, como precisarão de ser completados com avaliações económicas e financeiras que se revelem necessárias».

Tags: economia, união europeia, crescimento, ambiente, transportes, competitividade, Interior, investimento, desenvolvimento, portos, sustentabilidade, coesão

ESTATÍSTICAS

  20150522 Me Desempenho Turismo

O MINISTÉRIO E OS MEMORANDOS

Principais objetivos
 
  • Realização de um conjunto de reformas...
  • Rever o enquadramento jurídico da...
  • No domínio dos transportes e...
  • No domínio das Telecomunicações e...
  • Rever a Estratégia Nacional de Energia,...
Ver todos  
   

 

Close