«Não há motivo para um discurso de euforia quando 15% dos
portugueses que querem trabalhar não têm emprego», afirmou o
Ministro da Economia, António Pires de Lima, na conferência
organizada pelo The Economist, intitulada «As perspetivas para o
crescimento económico e reformas», em Cascais.
Sublinhando «o saldo positivo da balança externa, o aumento das
exportações e a atração de investimento», o Ministro referiu que
2014 «será o ano em que Portugal vai pôr de lado o fantasma da
espiral recessiva».
«A euforia é uma má conselheira e não se recomenda no momento em
que os políticos devem continuar focados na realidade e na vida dos
portugueses», afirmam o Ministro, acrescentando que «a preocupação
deve ser fazer chegar os sinais positivos da economia às pessoas,
em especial, que o desemprego tem de descer, apesar de a taxa ter
recuado para 15,3% da população ativa, no último trimestre de
2013».
António Pires de Lima afirmou ainda que «com moderação, os
rendimentos dos trabalhadores devem ser alvo de progressão positiva
nos próximos anos».
O Governo «deposita esperança na comissão do IRS, para que os
portugueses que vivem seu trabalho - e tão penalizados foram com o
aumento da carga fiscal - possam beneficiar desta melhoria da
economia já em 2015», concluiu.