2013-12-13 às 18:04

EMPRESÁRIOS NORTE-AMERICANOS «MOSTRARAM UM INTERESSE GRANDE EM CONHECER PORTUGAL»

O Ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou que reuniu com representantes de empresas norte-americanas que «mostraram um interesse grande por conhecer Portugal, algumas até por investir no País ou estudar possibilidades de investimento».

Estas declarações foram feitas à agência Lusa em São Francisco, onde o Ministro se encontra a terminar uma visita oficial aos Estados Unidos com o objetivo de dar a conhecer os progressos que Portugal tem feito no seu programa de ajustamento.

«Só é possível investir num país depois de o conhecer e de o sentir, depois de aprofundar a análise sobre setores específicos», sublinhou o Ministro, acrescentando que já endereçou convites a alguns investidores: «Foram abordadas oportunidades interessantes, em termos de intenções de investimento, nas áreas industrial e alimentar, mas também no setor dos serviços qualificados», referiu.

Em Washington, António Pires de Lima reuniu com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e a associação norte-americana de Fabricantes com o objetivo de promover o financiamento e o processo de expansão internacional das empresas portuguesas.

«Não há investimento sem financiamento e, neste sentido, os contactos que mantivemos em Washington são importantes porque procuram dar continuidade ao trabalho que se tem feito para apoiar empresas portuguesas na sua expansão internacional, tanto na América do Sul como em África», explicou o Ministro.

«Desenharam-se boas perspetivas para poder dar continuidade a este trabalho que as empresas portuguesas estão a fazer, nomeadamente, através de concursos públicos que têm vindo a ganhar - como é o caso de empresas de construção - ou outro tipo de empresas em projetos importantes, tanto em Moçambique como, futuramente, em Angola», afirmou.

António Pires de Lima reuniu ainda com a embaixadora responsável pela negociação do acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, Miriam Sapiro, que se revelou «uma amiga e uma política muito interessada na agenda que temos em Portugal e nos desenvolvimentos que temos feito», referiu o Ministro, acrescentando: «Esperamos que ela possa visitar Portugal em breve durante o ano de 2014».

Sobre a reação das instituições norte-americanas em relação a Portugal, António Pires de Lima referiu: «Senti um grande apreço e uma enorme expectativa. Há uma impressão muito positiva do esforço que se está a fazer para relançar a economia portuguesa e isto gera uma expectativa crescentemente positiva relativamente à capacidade de Portugal. Apesar de ser um esforço que tem de ser continuado, nomeadamente ao nível da execução do Orçamento para 2014, a expectativa é muito positiva que Portugal conclua com o êxito o programa de ajustamento em junho de 2014».

Quanto à falta de consenso entre os partidos que apoiam o Governo e o principal partido da oposição quanto à reforma do imposto sobre rendimentos das empresas (IRC), o Ministro afirmou: «Várias vezes dei nota do benefício que seria para Portugal e para os portugueses, em matéria de reforma do IRC, termos uma reforma com um compromisso alargado ao PS, mas - enquanto Ministro da Economia - prefiro francamente uma reforma feita com convicções e assente em princípios claros, do que em nome do consenso uma reforma envergonhada».

Isto porque «existem princípios muito importantes na proposta pelo Governo que são nucleares à própria ideia de reforma», explicou António Pires de Lima: «É o caso de um regime de isenção de tributação que torne realmente Portugal num destino atrativo para o investimento internacional ou com origem em Portugal para o resto do mundo, um sistema comparável com as melhores práticas europeias, e também a ideia da redução - tanto quanto possível autossustentada - das taxas».

«O próximo passo será concentrar as atenções sobre o impacto desta reforma para a atração de investimento e para potenciar Portugal do ponto de vista económico a partir de 1 de janeiro de 2014, uma vez que boa parte das suas maiores componentes mais valiosas vão passar a estar efetivas no início do próximo ano», acrescentou o Ministro, concluindo: «Esta é uma reforma que veio para ficar».

Tags: economia, programa de assistência económica e financeira, impostos, reformas estruturais, crescimento, empresas, investimento

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