2013-12-11 às 12:06

PIRES DE LIMA NOS EUA PARA «COMUNICAR O PROGRESSO EXTRAORDINÁRIO QUE PORTUGAL TEM FEITO NO PROGRAMA DE AJUSTAMENTO»

O Ministro da Economia, António Pires de Lima, encontra-se esta semana em visita oficial aos Estados Unidos com o objetivo de «comunicar o progresso extraordinário que Portugal tem feito no programa de ajustamento».

Estas declarações foram feitas à agência Lusa, em Nova Iorque, naquela que é a quarta etapa da promoção do investimento em Portugal que o Ministério da Economia está a desenvolver junto dos principais parceiros económicos, depois de Londres, Berlim e Moscovo. Participa também nesta visita o Secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves.

Referindo que «vamos terminar este resgate e concluir este programa em junho de 2014», o Ministro explicou que quer «dar nota do interesse que pode ter, para diferentes tipos de investidores, considerarem Portugal como um espaço privilegiado para o investimento, não só na Europa, mas também como uma porta de entrada em muitos países africanos».

«Portugal está a ganhar competitividade, está crescentemente a posicionar-se como um centro de negócios privilegiado, e isto é reconhecido em diferentes indicadores que vamos conhecendo, alguns deles até de instituições americanas, como foi o caso da Forbes, que ainda na semana passada considerou Portugal como o 20.º melhor país do mundo para atividades empresariais».

António Pires de Lima acrescentou que «a recente operação de troca de dívida e o processo de privatização dos Correios de Portugal (CTT) podem ser argumentos muito fortes para despertar o interesse do capital americano».

«O sucesso na privatização dos CTT, onde houve investimento importante de capitais americanos, o facto de nos mercados de dívida ter sido bem-sucedida esta troca de dívida, esta permuta de dívida que fizemos recentemente, e todos os indicadores internacionais que têm vindo a posicionar crescentemente Portugal como um local atrativo para investir são argumentos de peso nesta viagem que vamos fazer de costa a costa», afirmou.

«Para que Portugal possa ser alvo do interesse de investidores internacionais é preciso dar-se a conhecer, é preciso que façamos este esforço de comunicar aquilo que estamos a fazer bem em Portugal e a forma como alguns setores da nossa atividade, nomeadamente nas atividades mais ligadas à exportação, estão a ter uma evolução sistemática, continuada, persistente e de grande sucesso em todo o mundo», explicou o Ministro.

Assim, durante esta visita será seguida «uma agenda muito intensa de contactos com empresas de capital de risco, com investidores institucionais e também com a comunicação social».

Na Califórnia, António Pires de Lima quer mostrar que o Governo «está muito interessado em manter contactos estreitos com empresas de base tecnológica forte, até porque já existem empresas norte-americanas com centros de negócios muito importantes em Portugal», referiu.

À agência de informação económica Bloomberg, o Ministro afirmou: «A prioridade do Governo deve ser a de executar este Orçamento e provar que a economia vai crescer durante o primeiro trimestre. Depois disto, iremos ver qual é a melhor opção para Portugal: se é seguir o bom exemplo da Irlanda, e é um muito bom exemplo, ou negociar qualquer outro tipo de plano cautelar».

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, a economia registou um segundo trimestre consecutivo de crescimento, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 0,2%.

António Pires de Lima acrescentou ainda: «O consumo privado é importante porque irá contar para 60% do PIB em Portugal e está relacionado com o bem-estar das pessoas». «Temos de ter uma economia que trabalhe bem para as famílias e as pessoas que formam a economia».

Sobre as previsões do Banco de Portugal, que divulgou que a partir do final de 2013 - e até 2015 - a economia deverá registar taxas de variação homólogas do PIB positivas, o Ministro referiu que estas «são boas notícias que ajudam, seguramente, esta tarefa que estamos aqui a desempenhar nos Estados Unidos, no sentido de despertar o interesse de empresas americanas, de fundos americanos para o investimento em Portugal».

«É bom percebermos que, à dinâmica das exportações - que continuam a crescer de uma forma muito saudável - se estão a juntar dois elementos adicionais que são muito importantes para que a retoma económica possa ser consolidada ao longo do ano de 2014 e depois em 2015». «Um tem a ver com a estabilização do consumo privado, com os dados a melhoraram no terceiro trimestre. O outro relaciona-se com a recuperação, pela primeira vez, do investimento no terceiro trimestre, a que não será alheio o facto de o Governo ter avançado com o super crédito fiscal para o investimento das pequenas e médias empresas», concluiu.

Tags: economia, programa de assistência económica e financeira, exportação, crescimento, empresas, competitividade, investimento

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