O programa Compete é «um instrumento fundamental para as
empresas e para a convergência das regiões Norte, Centro e
Alentejo», afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima,
na abertura da conferência Crescer e Competir 2020, no Porto.
Para o futuro, «espera-se que possa ser melhorada a estratégia
deste programa», acrescentou o Ministro, explicando que «o próximo
quadro comunitário de apoio valorizará a componente da
competitividade, das PME, da inovação, da ligação entre as empresas
e as universidades, e da atração de investimento estrangeiro».
António Pires de Lima referiu ainda: «Num contexto económico
difícil, em que as dificuldades de acesso ao crédito foram
elevados, 41% dos investimentos não ocorreriam se não existissem os
incentivos no contexto do Compete».
Lembrando os sinais de confiança recentes na economia portuguesa
- como a operação de troca de dívida ou a conclusão da primeira
fase da oferta pública inicial dos Correios de Portugal -, o
Ministro afirmou que o Governo «assumiu, neste segundo ciclo da
legislatura, o investimento como uma prioridade para promover a
reindustrialização, o emprego, a competitividade e o reforço das
exportações».
«Portugal experimenta uma época de empreendedorismo, que
representa uma energia nova na economia e na sociedade. Vemos esta
onda quando constatamos 27 mil novas empresas nos primeiros nove
meses do ano - o dobro daquelas que morreram no mesmo período»,
referiu também António Pires de Lima, acrescentando que «este
esforço de empreendedorismo e criação de novas empresas é, em boa
parte, responsável pelos empregos que se criaram desde abril até
finais de outubro».
De acordo com os dados avançados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE), o índice de produção industrial teve uma
variação homóloga positiva de 3,2% em outubro, sendo superior em
1,5 pontos percentuais ao crescimento anual registado em
setembro.
O setor com maior crescimento foi o das indústrias
transformadoras, que registou uma variação de 2,6%, somando 2,2
pontos percentuais ao índice. O melhor desempenho coube à produção
de energia, que teve uma variação de 6,2% em setembro, e passou
para 15,8% em outubro.
Ainda segundo o INE, o indicador de produção industrial teve um
desempenho negativo em outubro, contraindo 0,7%, após um
crescimento de 0,8% em setembro. A explicação para este facto
poderá estar na introdução de uma nova série de índices na produção
industrial, nota o Instituto, acrescentando também que o método de
cálculo foi aperfeiçoado.
O MInistro concluiu realçando que «o reforço de competitividade
da economia nacional se nota também na evolução do peso das
exportações no PIB, que evoluíram de 28% (em 2008) para mais de 41%
(em 2013)». «O objetivo assumido para os próximos cinco anos é que
esta rubrica possa superar, pelo menos, os 52% do PIB, sendo fruto
do crescimento de novos sectores, do ganho de quota de mercado e da
diversificação dos destinos de exportação».