«Só investe quem acredita na empresa, nos trabalhadores dessa
empresa, no País onde tem a atividade, só investe quem acredita que
o futuro é o de crescimento e de criação de valor», afirmou o
Ministro da Economia, António Pires de Lima, referindo-se à venda
em bolsa de 70% dos Correios de Portugal (CTT).
Estas declarações foram feitas numa conferência de imprensa, em
Lisboa, onde estiveram também presentes os Secretários de Estado
das Finanças, Manuel Rodrigues, e das Infraestruturas, Transportes
e Telecomunicações, Sérgio Monteiro.
Referindo que «acreditar significa sentir que vale a pena
investir o seu dinheiro em Portugal, e não em qualquer outro país
ou empresa no mundo», o Ministro sublinhou que os investidores
decidiram investir nos CTT porque «esta é uma empresa sólida e
continuará a sê-lo». «Porque o País continua a fazer o seu caminho
de recuperação da confiança e credibilidade externa».
«O Governo tem sabido ter sempre o rumo claro de que a atração
de investimento privado é a única forma de construir
sustentadamente o futuro do País», afirmou António Pires de Lima,
explicando que «a elevada procura externa que esta operação mostrou
revela-nos também uma enorme confiança no nosso mercado de
capitais, o que faz com que tenhamos sinais renovados de esperança
e confiança no caminho que estamos a seguir».
«Hoje, temos a certeza de que o caminho escolhido para os CTT
realizou, não apenas mais receita, como deu aos mercados externos
um sinal importante de confiança e credibilidade da nossa
economia», referiu o Ministro, concluindo que «esta privatização
maximiza a receita para o Estado sem comprometer os objetivos
estratégicos da empresa e abre caminho para que outras empresas
possam dispersar capital ou financiar-se por esta via».
A procura de ações dos CTT superou 9,04 vezes a oferta, num
total de 189 milhões de ações. Os investidores institucionais
ficaram com 56% do capital, o público com 12,62%, e os
trabalhadores da empresa com 1,38%. Depois desta operação,
o Estado fica com 30% do capital.