«Vivemos dias de esperança e crescente confiança», afirmou o
Ministro da Economia, António Pires de Lima, ressalvando - porém -
que «muitos portugueses ainda atravessam dias difíceis». Estas
declarações foram feitas no Porto, à saída da apresentação do novo
plano estratégico do sector do calçado.
Assim, «ainda há muito trabalho a fazer para que possa falar-se
de um crescimento económico sustentado e consolidado» e «para que
este ambiente de crescente confiança possa alargar-se a toda a
sociedade e seja possível devolver a esperança aos que mais
sofrem», referiu o Ministro, que - na inauguração de uma unidade
fabril, em Guimarães - já afirmara que «os indicadores dão nota de
que estamos num tempos de viragem, de algum crescimento económico e
até, em determinadas áreas, de criação de emprego líquida o que «é
uma boa notícia, mas não nos pode deixar entrar em euforias».
António Pires de Lima acrescentou ainda que a indústria do
calçado «é um bom exemplo de um setor que exporta mais de 90% da
sua produção, equivalente a 1600 milhões de euros anuais». Desta
forma «são valorizadas as vendas ao exterior assentes em factores
de competitividade, e não em salários baixos» o que «prova que a
economia portuguesa pode crescer quando se organiza
estrategicamente para acrescentar valor», afirmou.
E sublinhou: «É pela valorização das pessoas que se constrói
competitividade numa economia moderna, e é isto que estamos a
construir em Portugal».
O Ministro referiu também que os próximos fundos europeus
(Portugal 2020) destinarão «uma verba crescente à economia,
especialmente à investigação, à inovação e à inteligência, mas
também à atividade mais próxima das PME e dos fundos
regionais».
«Vamos reforçar a vertente económica e empresarial, e
continuaremos a apoiar o notável esforço que a indústria portuguesa
tem feito. Se a indústria soube trabalhar como uma só equipa, mau
era que o Estado não fosse um aliado deste esforço extraordinário»,
concluiu.