«Grande parte da credibilidade externa que Portugal tem
conseguido deve-se à concertação social. É um ativo que nos
diferencia de outros países», afirmou o Ministro da Economia e do
Emprego, Álvaro Santos Pereira, em entrevista ao semanário Sol.
Acrescentando que «crescimento e emprego não se decretam», o
Ministro referiu que «têm de se preparar as bases» e sublinhou que
o Governo está a fazer um conjunto de reformas fundamentais neste
sentido: «Estamos a trabalhar em todas as vertentes para podermos
ter um período de crescimento sustentado e duradouro».
Álvaro Santos Pereira afirmou ainda que «haverá certamente uma
reunião formal em sede de concertação social aquando da reforma do
Estado porque é fundamental que os parceiros sociais sejam
ouvidos». Ainda sobre a reforma do Estado, o Ministro referiu que
esta «tem sido uma preocupação para o Ministério da Economia desde
o primeiro dia».
Realçando que «o importante é que toda a gente - sociedade
civil, parceiros sociais, trabalhadores, empresas e partidos
políticos - participem no debate sobre a reforma do Estado» para
esta ser bem-sucedida, Álvaro Santos Pereira afirmou que «é
fundamental que façamos tudo o que está ao nosso alcance para
mantermos a concertação e o consenso social».
Sobre a proposta de redução do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas (IRC), o Ministro explicou: «É importante pensar
a competitividade fiscal a dois níveis. Uma a curto prazo, para
impulsionar o investimento. Mas também numa perspetiva de médio
prazo. É importantíssimo haver uma descida faseada, em cinco ou
seis anos, para termos a taxa de IRC mais atrativa da Europa».