«O ataque a Paris é um ataque à Europa», afirmou o Ministro da Defesa Nacional no final do Conselho de Ministros da Defesa da União Europeia, em Bruxelas. A França acionou, pela primeira vez, a cláusula de defesa mútua, consagrada no Tratado de Lisboa, e ao abrigo da qual um Estado-membro pode pedir ajuda para fazer face a uma agressão no seu território, prestando os outros Estados-membros o auxílio possível. José Pedro Aguiar-Branco sublinhou que a UE está disponível para prestar «todo o tipo de ajuda», tendo todos os Estados respondido ao pedido francês.
«Portugal avaliará em concreto as condições da sua participação, em função dos pedidos concretos que o Governo francês fizer», afirmou o Ministro, que explicou que o modo como cada Estado-membro da UE irá ajudar a França na luta contra o terrorismo será negociado bilateralmente.
O Ministro referiu que «na sequência dos atentados em Paris, a França invocou a cláusula de defesa mútua, um ato inédito mas perfeitamente justificável», acrescentando que «esta é uma matéria de natureza prioritária, e recolherá sempre o apoio unânime também do Parlamento português, e mostra quão importante é termos uma posição inequívoca e firme em relação à nossa defesa comum».
Aguiar-Branco recordou que «Portugal já integra a coligação internacional que combate do Daesh» (uma organização terrorista que se proclama como Estado Islâmico do Iraque e Levante), que reivindicou a autoria dos atentados de Paris.
«Fazemos treino e formação das forças iraquianas», afirmou, «e a solicitação da França será avaliada no quadro desse apoio global a todas as formas de terrorismo».