O Ministro do Ambiente do Ordenamento do Território e Energia afirmou que as vendas de automóveis elétricos e híbridos plug-in vão voltar a crescer em 2015, depois de, no ano passado, terem registado um crescimento de 30%. Jorge Moreira da Silva recordou que «venderam-se em Portugal 20 veículos elétricos ou híbridos plug-in» em 2010 e em 2015 é «altamente provável que se atinja um volume de vendas de mil destes veículos». Para o Ministro, estes dados traduzem uma «verdadeira mudança de paradigma» na mobilidade em Portugal.
O salão automóvel e os dados da venda de veículos elétricos e plug-in são «a prova cabal que a fiscalidade verde deu bons resultados e temos que continuar esta aposta estratégica na mobilidade elétrica por razões ambientais, já que a sua proveniência são fontes renováveis que no nosso País produzem 62% da eletricidade, o que significa, ao contrário de outros países, que a mobilidade elétrica em Portugal é mobilidade a água, a vento e a sol», justificando-se «também por razões de redução da nossa dependência energética do exterior e de combate às alterações climáticas», disse Jorge Moreira da Silva.
O Ministro, que intervinha durante uma visita ao Salão Automóvel e do Veículo Ecológico, em Lisboa, referiu que estas vendas representam um aumento de 50 vezes mais do que em 2010 e três vezes mais do que em 2014, tendo apontado como razões para este crescimento «a aposta das empresas na investigação e desenvolvimento para promover a mobilidade elétrica, e a aposta que Portugal fez na reforma da fiscalidade verde».
Jorge Moreira da Silva exemplificou os benefícios da mobilidade elétrica com as poupanças obtidas no seu Ministério, no qual foram utilizados, durante um ano, 13 veículos elétricos ou híbridos plug-in de várias marcas, tendo obtido poupanças de 80% do consumo.
A Associação Automóvel de Portugal espera que vendas destes veículos aumente 50 vezes mais em comparação com 2010, prevendo um crescimento de vendas de 265% este ano. As vendas cresceram 173% até setembro, prevendo a Associação que até final do ano o crescimento seja de 180%, devido aos benefícios fiscais e aos incentivos ao abate criados pela reforma da Fiscalidade Verde.