«Portugal sai do Programa de Assistência sem recorrer a qualquer
programa cautelar», afirmou o Primeiro-Ministro numa declaração ao
País, no final do Conselho de Ministros que decidiu esta solução.
Pedro Passos Coelho sublinhou que o dia 17 de maio de 2014 «ficará
na nossa história como um dia de homenagem a todos os Portugueses,
porque sem o esforço de todos não teria sido possível chegar até
aqui». E acrescentou que «a recuperação do emprego e da economia»
estão «no centro das prioridades do Governo».
O Primeiro-Ministro referiu que «podemos fazer agora esta
escolha porque, tal como consta na declaração final emitida na
sequência da última avaliação da troika, o Programa está no bom
caminho para o seu termo e colocou a economia portuguesa no caminho
da solidez das finanças públicas, da estabilidade financeira e da
competitividade», acrescentando o compromisso de «que não
voltaremos à política da estagnação e da irresponsabilidade que nos
empurrou para o precipício».
«Todos sabemos que ainda temos um longo caminho para percorrer e
que não é de um dia para o outro que gozaremos de todos os
benefícios de sermos autónomos outra vez. Mas é um caminho que
faremos com confiança, com a credibilidade que fomos conquistando
junto dos nossos parceiros, e com a esperança no futuro que há
muito não conhecíamos».
Pedro Passos Coelho afirmou que «estamos no caminho certo para
nunca mais permitir que Portugal passe por um outro colapso, um
outro resgate, uma outra emergência nacional», que «estamos no
caminho certo para construir a sociedade a que os Portugueses
aspiram e merecem», e que «também no caminho certo para poder agora
começar a sarar as feridas que foram abertas nos momentos mais
difíceis da emergência nacional», acrescentando que «podemos, assim
estar tranquilos. Esta é a decisão certa».
O Primeiro-Ministro assinalou também que «a falta de compromisso
político acentuou ainda mais a incerteza e as dificuldades,
obrigando, por vezes, à alteração de medidas e das correspondentes
expectativas das pessoas. Foi a determinação extraordinária dos
Portugueses - e, é justo dizê-lo, de muitos parceiros sociais - que
nos permitiu superar todos os obstáculos», e afirmou a sua
«profunda convicção que os Portugueses continuarão a ser o melhor
garante do consenso nacional que dará força à nossa
recuperação».
Recordando que «o colapso que o País sofreu em 2011 foi tão
grave que tivemos de tomar decisões muito difíceis», referiu que
«não foi este Governo que provocou e depois pediu o resgate
financeiro. Mas foi a nós que coube a responsabilidade de executar
o Programa que permitiu pôr o País de pé outra vez. Foram tempos
muito difíceis. Eu sei que as dificuldades persistem para muitas
famílias».
«O nosso trabalho diário, e o nosso objectivo - prosseguiu Pedro
Passos Coelho -, é garantir que os resultados chegarão a todos tão
rapidamente quanto possível. Estamos no caminho certo e o País está
a recuperar com bases mais sólidas e sustentáveis do que tínhamos
no passado».