Os centros de referência para cancro, transplantes e doenças genéticas «vão fazer parte de uma rede europeia; pretende-se que sejam centros de excelência, em aéreas muito específicas», afirmou o Ministro da Saúde em Vila Verde após a inauguração das obras de requalificação do hospital da Santa Casa da Misericórdia local. Paulo Macedo acrescentou que esta «é uma das maiores reformas estruturais que o Governo levou a cabo».
«O que pretendemos é criar centros de excelência que se possam desenvolver e servir, em primeiro lugar, os cidadãos portugueses mas, ao mesmo tempo, posicionar-nos em termos europeus, porque este centros de referência vão ser reconhecidos também em termos europeus», afirmou o Ministro. Um centro de referência é um serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.
O reconhecimento da unidade como centro de referência é dado pelo Ministro da Saúde, tendo as candidaturas de seguir para a Direção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe analisar se os candidatos cumprem os critérios gerais de reconhecimento desta designação.
As neoplasias malignas de crianças e adolescentes, a transplantação de adultos para coração, fígado, rim, pulmão e pâncreas, a transplantação pediátrica para coração, fígado e rim, os tumores oculares, a epilepsia refratária de crianças, adolescentes e adultos e a paramiloidose familiar são as outras áreas abrangidas pelos concursos agora abertos.
Paulo Macedo referiu também a abertura das candidaturas nas áreas das neoplasias malignas de adultos do testículo, reto, esófago e hepatobilio-pancreáticos, assim como de sarcomas de partes moles e ósseos de adultos, tendo as unidades de saúde que pretendam ser admitidas como centros de referência para as áreas dos cancros raros, da transplantação de órgãos e de doenças genéticas 30 dias para se candidatarem.
«Vamos ter aqui uma transformação muito importante», disse, acrescentando que «vamos fazer este processo faseadamente: já estava há muito tempo anunciado que íamos abrir candidaturas, já estava há muito tempo anunciado quais eram as áreas para as quais íamos abrir e, portanto haverá uma segunda, terceira e quarta fases».
O Ministro afirmou «não ter dúvidas nenhumas que haverá melhoria» na qualidade dos serviços prestados aos utentes naquelas áreas, porque «haverá um fator de disseminação destes centros de excelência».