Ministro da Saúde, Paulo Macedo
 
2015-07-15 às 15:49

«PORTUGAL TEM UMA MEDICINA DE ALTA QUALIDADE» E UMA CONDIÇÃO SINGULAR PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA SUA SAÚDE

«A internacionalização tecnológica e científica, nomeadamente a investigação e os ensaios clínicos, são um motor em aceleração que turbina o conhecimento», afirmou o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, numa conferência sobre economia da saúde em Rostock, na Alemanha.

E realçou: «Sobre a internacionalização da saúde, impõe-se fazer referência à singular condição de Portugal estar integrado na comunidade de língua oficial portuguesa, com países como Angola, Brasil ou Moçambique, cujas autoridades anseiam por elevar os seus cidadãos a patamares mais elevados de cuidados de saúde».

«Portugal tem uma medicina de alta qualidade, equipamentos e estruturas públicas e privadas modernas, conhecimento científico e tecnológico avançado. Tem, ainda, empresas tecnológicas altamente diferenciadas, com caminho internacional percorrido, onde a inovação é a matriz», acrescentou o Ministro.

Lembrando os 140 milhões de euros de financiamento destinado à investigação que o setor da saúde obteve em 2014, no âmbito do programa comunitário Horizonte 2020, o Ministro referiu «os acordos firmados entre os hospitais portugueses e instituições públicas de saúde de outros países ou seguradores internacionais».

«Sublinho também a importância do turismo de saúde e a sua relação com o turismo médico e científico, conseguido em Portugal em diversas áreas de excelência, como na oftalmologia, transplantação hepática, cardíaca e renal», acrescentou.

Referindo-se ao envelhecimento ativo e à consequente pressão sobre novos medicamentos de elevado custo, o Ministro afirmou que este assunto «exige um debate à escala europeia, com soluções concertadas que resguardem as economias mais frágeis de uma possível captura financeira por industriais farmacêuticos».

Acerca do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Paulo Macedo afirmou: «O sistema público de saúde está hoje dotado de robustez suficiente para se começar a preparar para a sua autonomia, lançando bases para assegurar a atratividade no exercício profissional em dedicação plena».

«O SNS é um tema de amplo consenso nacional, que deve ser uma pedra angular da vida nacional, após saradas ineficiências, contidos desperdícios, anulados maus funcionamentos, corrigidas irregularidades e tratadas iniquidades», acrescentou.

E concluiu: «Feito este caminho, o SNS preocupa-se agora com a sua otimização, ou seja, que haja um aproveitamento integral dos recursos disponíveis, cuidadosa monitorização dos custos, criteriosa distribuição das oportunidades, rigorosa atribuição das prioridades, intenso esforço de atualização tecnológica em instrumentos médicos e em medicamentos, e ativo incremento das oportunidades de formação dos profissionais».

Tags: saúde, lusofonia, internacionalização, inovação, investimento, investigação, serviço nacional de saúde, fundos europeus, envelhecimento