Economia verde, 29 outubro 2013
 
2013-10-29 às 14:38

«PRODUZIR VERDE É GANHAR VALOR ECONÓMICO, CONSUMIR VERDE É POUPAR»

«Produzir verde é ganhar valor económico, consumir verde é poupar», afirmou o Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e da Energia, Jorge Moreira da Silva, no encerramento da conferência «Mobilizar Portugal para a economia verde», em Lisboa.

Lembrando que «faltam oito meses para terminar o programa de assistência económica e financeira», o Ministro sublinhou que «é indispensável que se identifiquem áreas estratégicas para lá das reformas já feitas e da consolidação orçamental».

Assim, «na fase pós-troika, precisamos de valorizar os recursos naturais» e «de focar a nossa atenção no crescimento verde», que «é uma área onde já fizemos grandes apostas nas infraestruturas e na qualificação de recursos humanos, e onde há procura», referiu Jorge Moreira da Silva.

«A economia verde tem potencialidades para um mega-cluster, envolvendo vários sectores e sendo capaz de gerar emprego», sublinhou o Ministro, ressalvando que «a meta aqui deve ser sempre a do desenvolvimento sustentável».

O Governo quer «uma verdadeira coligação para o crescimento sustentável que dure para lá do curto/médio prazo» e «há ainda que ter em mente que vem aí um novo quadro comunitário para 2014-2020, onde o crescimento verde é prioritário», realçou.

«Existe agenda europeia para esta área, desde que a Europa opte por usar a crise como alavanca para promover a economia verde, e o único caminho sustentável é este», afirmou o Ministro, explicando que é por este motivo que «as metas para o clima e para a energia para 2030 se tenham já começado a discutir» entre os Estados-membros.

«Por motivos de responsabilidade, a Europa deve dar ao mundo o exemplo; por razões de previsibilidade, as empresas precisam de um padrão de crescimento verde para desenvolverem as suas atividades nesta área; e por uma questão de oportunidade, a economia verde tem um crescimento anual médio de 4%, sendo este o único setor capaz de duplicar o emprego na próxima década», referiu Moreira da Silva.

E concluiu: «Portugal tem-se batido nas negociações europeias, sobretudo pela meta das interconexões energéticas, tendo cada vez mais apoios na posição que defende. Isto é essencial se queremos uma Europa com baixo custo de energia, descarbonizada, e com segurança no abastecimento».

Tags: união europeia, energia, crescimento, emprego, empresas, investimento, recursos naturais, sustentabilidade, economia verde