Os municípios, através das Comunidades Intermunicipais, e a Administração Central, em conjunto com as Comissões de Coordenação Regional, «têm de definir e chegar a acordo quanto ao mapeamento, identificando quais as necessidades de equipamentos públicos no seu território», afirmou o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional no final da uma reunião entre o Primeiro-Ministro, o próprio Ministro e a Associação Nacional de Municípios Portugueses. Miguel Poiares Maduro acrescentou que caso não haja acordo entre estas entidades «não há financiamento por parte dos fundos» europeus.
O Ministro referiu que o mapeamento dos equipamentos existentes está a ser feito com a participação de todos os interessados: municípios, comunidades intermunicipais, Administração central e comissões de coordenação regionais.
Miguel Poiares Maduro afirmou também que «o mapeamento, que tem de envolver todos os equipamentos públicos, tem de ter o acordo dos municípios», acrescentando que os próprios municípios ainda «não têm a consciência plena de que esta regra que foi adotada visa garantir a articulação entre todos os municípios, entre os municípios e a administração pública, mas ao mesmo tempo dá um poder aos municípios que eles nunca tiveram».
O Ministro disse igualmente que na escolha final dos equipamentos a Administração central e a Administração local estarão em pé de igualdade, evitando que a preferência de uma das Administrações públicas se sobreponha à outra.
Esta disposição garante «uma voz igual quer ao poder local, quer ao poder central, e, por outro lado, é a melhor garantia que nós temos de articulação dos investimentos em equipamentos públicos, de que não vão existir os erros que aconteceram no passado, em que se construíram equipamentos públicos que depois não foram sustentáveis ou que não foram partilhados na sua utilização entre diferentes municípios».