Acordo de Parceria, 30 julho 2014
 
2014-07-30 às 16:23

PORTUGAL 2020 «É O INSTRUMENTO MAIS PODEROSO QUE TEREMOS PARA APOIAR A MUDANÇA»

O Portugal 2020 «é o instrumento mais poderoso que teremos para apoiar a mudança», afirmou o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional na cerimónia de assinatura do Acordo de Parceira 2014-2020, presidida pelo Primeiro-Ministro e pelo Presidente da Comissão Europeia, e na qual esteve também presente o Comissário europeu da Política Regional, Johannes Hahn.

Miguel Poiares Maduro recordou que «Portugal sofreu uma transformação profunda nestes quase trinta anos de integração europeia», mas «nunca conseguiu vencer plenamente o desafio da competitividade, nem corrigir, de forma sustentável, fortes desequilíbrios internos e externos» tendo continuado «a ser um dos países mais desiguais e com menor mobilidade social da Europa».

Não restando dúvidas de que o principal défice do País é de competitividade, «privilegiaremos, assim, o apoio à aceleração da mudança de perfil de especialização da atividade produtiva para o sector dos bens e serviços transacionáveis», «apoiaremos a inovação, comercialização e capacitação empresarial» e «promoveremos a cooperação para combater a fragmentação e reduzida escala do nosso sector empresarial».

O Ministro afirmou também que «a promoção do Capital Humano continuará a ser uma prioridade», pois «não existe economia sustentável e de forte valor acrescentado se não assentar num forte capital humano».

Essa «competitividade sustentada terá sempre, quer de respeitar o território, quer de associar conhecimento a esse território», pois «é acrescentando valor ao território, àquilo que é nosso, àquilo que nos diferencia, que teremos uma competitividade vencedora internacionalmente e resistente às pressões da deslocalização». Isto implica também garantir a sua sustentabilidade através da valorização ambiental, criando uma «competitividade inteligente».

«Mas - referiu também Miguel Poiares Maduro -, não basta dirigir recursos para as prioridades certas. É necessário que esses recursos sejam atribuídos garantindo resultados. É fundamental que esses recursos mudem comportamentos e premeiem o mérito».

Por isto, «como e de que forma os fundos são atribuídos é pelo menos tão importante como os fins para que são atribuídos», afirmou o Ministro, reiterando que «nos apoios às empresas privilegiaremos os apoios reembolsáveis, de forma a garantir que os próprios empreendedores assumem parte do risco do projeto e não seja o financiamento, em si mesmo, a razão de ser do projeto» e que também «o financiamento dos cursos de formação profissional irá depender da taxa de empregabilidade que obtiverem». Trata-se de «contratualizar resultados em vez de simplesmente financiar projetos» pois «não há melhor garantir da qualidade dos projetos a apoiar do que fazer depender o financiamento do sucesso».

Miguel Poiares Maduro afirmou que «iremos promover também a inovação nas políticas públicas. Em particular, teremos um instrumento inovador, mesmo a nível europeu, - o Portugal Inovação Social 2020 - que utilizará fundos para promover o envolvimento da sociedade civil no desenho de políticas públicas inovadoras e no apoio a uma economia de mercado mais social e democrática».

O Portugal 2020 será «o mais simplificado e transparente quadro de fundos europeus de sempre. Os portugueses vão poder conhecer facilmente todos os projetos financiados. E os promotores dos projetos vão ter a sua vida muito simplificada na relação com a Administração», disse ainda.

O Portugal 2020 tem um site com o endereço http://www.pt-2020.pt/

Tags: exportação, inovação, competitividade, território, sustentabilidade, fundos europeus, portugal 2020