«Não nos restam dúvidas de que hoje, o principal défice do País
não é um défice de infraestruturas, mas de competitividade, pelo
que o primeiro objectivo que definimos para os próximos fundos
comunitários (Portugal 2020) será a dinamização de uma economia
aberta ao exterior, capaz de gerar riqueza de maneira sustentada,
prologando e intensificando a abertura realizada nestes últimos
três anos», afirmou o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento
Regional, Miguel Poiares Maduro.
Estas declarações foram feitas na tomada de posse do novo
presidente da Comissão para o Desenvolvimento Regional de Lisboa e
Vale do Tejo, na qual também esteve presente o Ministro do
Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da
Silva.
E acrescentou: «Vamos privilegiar, assim, o apoio à aceleração
da mudança de perfil de especialização da atividade produtiva para
o sector dos bens e serviços transacionáveis, isto é, exportáveis
ou susceptíveis de substituir importações». «A competitividade e
internacionalização que ambicionamos para a economia portuguesa são
indissociáveis de outro grande objetivo e eixo temático do Portugal
2020, o fomento do capital humano».
«Financiar as boas ideias de negócio e os bons projetos,
incentivar uma lógica de plurifundos, favorecer o financiamento
reembolsável, e o facto de o financiamento ser em função dos
resultados e não dos meios» são outros traços essenciais dos
próximos fundos comunitários sublinhados por Miguel Poiares Maduro,
que lembrou ainda «a necessidade de apressar a realização de
projetos com fundos já comprometidos, mas ainda não
executados».
O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e
Energia, Jorge Moreira da Silva, afirmou que «no pós-troika, o
enfoque passam a ser respostas estruturais para outros défices que
transcendem as questões orçamentais e financeiras, como o
crescimento verde».