«É urgente encontrar respostas conjuntas cada vez mais eficazes no combate ao terrorismo, o que implica, desde logo, uma melhor e mais reforçada cooperação em vários domínios entre todos os Estados-membros» da União Europeia, afirmou o Primeiro-Ministro durante uma cerimónia de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de Paris, na presença dos Embaixadores dos países da UE e do ex-presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Na cerimónia, que decorreu na residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa, Pedro Passos Coelho acrescentou que esta cooperação reforçada «deverá acontecer não só no plano da União Europeia, mas igualmente ao nível internacional, uma vez que se trata de um fenómeno complexo e que não conhece fronteiras».
Portugal deu recentemente «passos importantes» que fortaleceram a «capacidade de deteção, avaliação e resposta às ameaças», afirmou o Primeiro-Ministro que sublinhou que «não deixaremos de agir, com determinação, caso tal se justifique».
O Primeiro-Ministro disse que «este é um momento de luto para todos os povos europeus». «Este momento, ao qual quis associar todos os representantes dos Estados-membros da União Europeia e das instituições europeias, marca isso mesmo: a nossa solidariedade, o nosso incondicional apoio ao povo francês e a nossa rejeição ao ódio e ao terror».
«A nossa sociedade é uma sociedade tolerante, que preza a paz e o salutar convívio entre todos. Os pilares do nosso projeto europeu são esses mesmos e não podemos, nem queremos, deles abdicar», afirmou Pedro Passos Coelho acrescentando que «os hediondos ataques terroristas perpetrados em França não nos podem afastar deste nosso ideal comum de edificação de uma sociedade mais estável, mais desenvolvida, mais próspera e mais humana. Devem, pelo contrário, dar-nos mais força para cumprirmos com tenacidade esta nossa tarefa comum, esta nossa responsabilidade comum».
Antes da intervenção do Primeiro-Ministro, o Embaixador de França em Lisboa, Jean-François Blarel, apontou a solidariedade como «um dos alicerces da União Europeia» e agradeceu a realização desta sessão de homenagem às vítimas dos atentados de Paris.
O grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico reivindicou no sábado os atentados de sexta-feira em Paris que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.