«Os tempos que vivemos demonstram, de novo e de forma muito óbvia, a razão de ser da Aliança Atlântica, de que Portugal é membro fundador», afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, no debate de um projeto de resolução das bancadas parlamentares que apoiam o Governo sobre as orientações fundamentais da política externa portuguesa, na Assembleia da República.
O Ministro referiu os atentados terroristas em Paris que levaram a França «a solicitar a ativação da Cláusula de Defesa Mútua do Tratado da União Europeia, sendo a primeira vez que tal passo foi dado», o que «evidencia que a cooperação militar constitui uma importante peça nos sistemas de defesa de todos e cada um dos Estados-membros, e que existe uma estreita cooperação entre a União Europeia e a NATO».
Aliás, acrescentou, «o reforço do laço transatlântico não se resume apenas às questões decisivas da Defesa. Tem também uma forte componente de cooperação económica, científica e cultural e não pode esquecer a larga comunidade portuguesa que vive nos Estados Unidos da América e no Canadá».
Rui Machete declarou ainda que neste momento «em que a multiplicidade e a complexidade das ameaças externas requerem respostas cada vez mais exigentes e uma cooperação internacional sem falhas, os portugueses e os nossos aliados esperam dos responsáveis políticos firmeza de propósitos e de ações que confirmem o nosso empenho e a nossa lealdade».
«Se os outros deixarem de confiar em nós, perdermos o investimento estrangeiro e a competitividade económica do nosso País diminuirá substancialmente», pelo que «o bem-estar dos portugueses será posto em causa», afirmou ainda.