Conselho de Ministros extraordinário, 8 maio 2014
 
2014-05-08 às 13:16

MEDIDAS DO PROGRAMA «SÃO APENAS OS PRIMEIROS 450 PASSOS DA CAMINHADA CONTÍNUA QUE É A REFORMA ESTRUTURAL DO PAÍS»

As 450 medidas executadas no quadro do programa de assistência económica e financeira «são apenas os primeiros 450 passos da caminhada contínua que é a reforma estrutural do País», afirmou o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro na apresentação do livro «A Gestão do Programa  de ajustamento: 1000 dias; 450 medidas», da responsabilidade da Estrutura de Acompanhamento dos Memorandos por si dirigida, no final da reunião do Governo.

Carlos Moedas afirmou que «o processo de reforma estrutural da economia portuguesa não acabou» pois «há desafios crescentes», entre os quais se destaca o de garantir que «a economia continua a crescer». Por isto, «o Governo está concentrado na continuidade do aumento da competitividade da economia, na melhoria das perspetivas do emprego, na continuação do processo de reforma», pelo que «a reforma estrutural não acabou e não pode parar».

No prefácio do livro, o Primeiro-Ministro escreve que o programa de assistência económica e financeira «obrigou a uma intervenção transversal e coordenada das políticas públicas nos mais variados domínios da governação. Não havia margem para errar e os profundíssimos problemas nacionais imploravam por soluções estruturais». «Além disso, não tínhamos precedentes para o cumprimento de um programa desta natureza e extensão garantindo a necessária articulação e coerência», o que foi assegurado pela referida Estrutura.

Pedro Passos Coelho refere que o relatório «descreve bem o trabalho muito intenso que teve lugar e o muito que se fez para reformar a nossa economia e as nossas instituições», o que ficou atrás, em prioridade noticiosa, das metas da consolidação orçamental, «que é como quem diz, a dita austeridade ajudou, no debate público, a dar menos visibilidade à dimensão de transformação estrutural no Estado e na economia».

«Mas é importante perceber que, com as medidas setoriais inscritas no Memorando de Entendimento e com as iniciativas que constavam do Programa do Governo, estes foram os anos de mais profundas e abrangentes reformas da história da nossa democracia».

Assinalando que «o modo admirável como os Portugueses responderam aos desafios dos últimos três anos, com o seu trabalho, a sua resistência e a sua clarividência, é a maior fonte de esperança para o futuro», o Primeiro-Ministro afirma que «este é o momento em que saramos as feridas que foram abertas durante este período tão difícil e avançamos para a sociedade europeia, moderna e aberta ao mundo que queremos ser».

«As escolhas difíceis não ficaram todas para trás, mas teremos de fazer o melhor uso da nossa agora readquirida autonomia», pois «as nossas escolhas futuras devem ser feitas com ambição e realismo» e «sem as falsas ilusões da política do passado que tantos dissabores provocaram aos Portugueses», mas «temos todas as razões para ter esperança no futuro», «todas as razões para ter confiança na nossa capacidade de continuar o processo de mudança que iniciámos».

Pedro Passos Coelho conclui referindo que «temos encontro marcado com o futuro a que coletivamente aspiramos, e não queremos chegar atrasados».

Tags: Memorandos de entendimento, programa de assistência económica e financeira