2014-03-01 às 19:37

PORTUGAL É UM EXEMPLO DE COMO UM PROCESSO DE AJUSTAMENTO PODE SER BEM-SUCEDIDO NUMA UNIÃO MONETÁRIA

«Em dois anos e meio, Portugal foi capaz de ajustar a sua economia através do equilíbrio na sua balança comercial, sendo hoje um exemplo de como é possível um processo de ajustamento ser bem-sucedido num Estado-membro de uma união monetária», afirmou o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, em declarações ao canal de televisão chinês internacional CCTV.

Acrescentando que «este não é, obviamente, um processo simples, tendo envolvido muitos sacrifícios para os portugueses», o Secretário de Estado sublinhou, porém, que «os resultados alcançados foram, de facto, muito bons, o que é também uma vitória para a Europa, porque o sucesso de Portugal é também o sucesso da União Europeia».

«Quando o programa de ajustamento se iniciou, muitos especialistas prognosticavam que Portugal necessitaria de um segundo programa de resgate», lembrou Carlos Moedas, referindo que «hoje, contudo, temos uma situação muito distinta: Portugal finalizará o seu programa de ajustamento, e a discussão já não se centra na eventual necessidade de um segundo programa, mas na forma de saída do atual programa de ajustamento» o que «é uma grande diferença», realçou.

«Para o Governo, mais importante do que saber se a saída do atual programa de ajustamento será ou não acompanhada de um programa de assistência, é garantir que serão conseguidas as melhores condições para os portugueses», explicou o Secretário de Estado.

«Conseguir novamente a nossa credibilidade junto dos mercados financeiros é algo que nos deixa orgulhosos», afirmou Carlos Moedas, acrescentando que, «num programa deste tipo temos, por um lado, a consolidação orçamental necessária para trazer de volta a nossa credibilidade junto dos mercados; mas, por outro lado, temos as reformas estruturais, para abrir a nossa economia ao exterior». «Dentro desta segunda vertente, mudámos completamente o nosso Código do Trabalho para torná-lo mais flexível, logo, mais atrativo para os investidores. Também na justiça fizemos reformas profundas, e simplificámos muito os procedimentos administrativos para investir no País».

«Com isto, o objetivo do Governo é abolir barreiras desnecessárias para tornar Portugal mais atrativo ao investimento, criando assim mais emprego», sublinhou o Secretário de Estado, referindo que «também as privatizações foram um ponto fundamental neste processo de desenvolvimento» pois «através de mecanismos sempre muito transparentes, atraímos investidores de todo o mundo para áreas de negócio estratégicas, o que prova que estamos no bom caminho».

Tags: programa de assistência económica e financeira, reformas estruturais