2014-02-05 às 21:58

«AS REFORMAS ESTRUTURAIS MARCAM O PONTO DE VIRAGEM DA ECONOMIA PORTUGUESA»

«As reformas estruturais marcam o ponto de viragem da economia portuguesa», afirmou o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, em entrevista ao Financial Times, em Washington.

«Olhando para os dois últimos anos e meio, vemos um país que foi capaz de produzir cerca de 400 medidas ou ações relacionadas com a estrutura da sua economia», acrescentou o Secretário de Estado, explicando que «é através disto que retomaremos o crescimento» e que este «não se decreta por lei, nem se consegue por artes mágicas».

Carlos Moedas sublinhou ainda que «Portugal conseguiu fazer as reformas acertadas no tempo devido». E exemplificou: «Nos serviços administrativos - que são um setor muito importante em toda a Europa, dada a sua estreita relação com a produtividade -, Portugal produziu 60 diplomas legislativos com o objetivo de abolir obstáculos para aumentar a eficiência das transações entre empresas». «Deste ponto de vista, Portugal é um caso a seguir».

Assim, referiu o Secretário de Estado, «o melhor que o Governo pode fazer é empreender nas reformas estruturais para assegurar que o País torna a uma trajetória de crescimento».

Quanto à elevada taxa de desemprego que Portugal regista, apesar de reconhecer que esta é a consequência social mais grave do programa de ajustamento, Carlos Moedas lembra que «não é o Governo que cria empregos, mas as empresas. Só que, para isto, é necessária estabilidade e desburocratização».

E concluiu: «Se apostarmos nas reformas estruturais, os resultados acabarão por surgir».

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