O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que a Agrival «é uma grande feira, um evento que tem uma dimensão nacional, e isso é muito importante, porque nós precisamos de mostrar a vitalidade que todo este setor tem vindo a atingir em Portugal».
O Primeiro-Ministro, que visitou a feira acompanhado pelo presidente da Câmara de Penafiel, Antonino Sousa, afirmou que «o número de expositores que reiteradamente acorre à Agrival e o número de visitantes que não tem parado de aumentar significa que, neste caso, o impacto regional já está largamente ultrapassado». A Agrival cumpre este ano a sua 36.ª edição, reunindo 350 expositores, a maioria do Tâmega e Sousa, numa área de 25.000 metros quadrados, de vários setores, com destaque para a agricultura e pecuária.
«É preciso pensar com mais ambição no futuro desta feira que tem vindo a ganhar em quantidade de gente que aqui vem, mas também em qualidade» sublinhou Pedro Passos Coelho. O Primeiro-Ministro frisou que, «ao contrário de certas visões mais passadistas e mais céticas, tem havido em toda a fileira agroindustrial, não só investimento de qualidade, mas também de grande retorno, que acrescentou emprego, emprego qualificado e rendimento disponível maior para as famílias portuguesas».
«É muito importante que os casos de sucesso, as boas intervenções que são feitas, as boas empresas que temos sejam mais vistas e reconhecidas do que muitas vezes acontece» destacou. Pedro Passos Coelho realçou o espírito inovador observado na Agrival «é muito importante para dar confiança no futuro».
O Primeiro-Ministro lembrou que «Portugal foi provavelmente o único país que permaneceu até ao fim dentro de uma posição de advertência sobre consequências mais negativas que poderiam advir do fim do regime das quotas leiteiras». Pedro Passos Coelho afirmou que parece que agora o facto de haver preços excecionalmente baixos, que «afetam os rendimentos dos agricultores e a viabilidade de muitas explorações pecuárias sensibiliza vários outros países, que nunca imaginaram que uma situação de preços tão baixos viesse a ser atingida».
Portugal está com outros países, «nomeadamente Espanha, Itália e também com a França, a procurar sensibilizar a União Europeia para a necessidade de ter uma alteração nos preços de referência que permitiria a intervenção de mercado, sempre que preços anormalmente baixos possam ocorrer».
Pedro Passos Coelho lembrou que «não podemos ir contra as regras estabelecidas e para poder alterar as regras temos de buscar alianças e compromissos com outros estados que sejam sensíveis a esta situação».
A situação dos Açores é «excecional», pois é uma região que «não tem uma grande possibilidade de diversificar os investimentos na área agrícola» e, «como região ultraperiférica, necessitaria de ter um tratamento de exceção nesta matéria».
O Primeiro-Ministro recordou a intenção de o Governo «poder antecipar alguns dos pagamentos que são feitos aos agricultores para prevenir ou amortecer esta quebra de rendimento maior que está a ocorrer».