Pedro Passos Coelho destacou hoje que existe em Portugal uma «malha coesa e disseminada de instituições de solidariedade social», salientando o seu papel na sociedade portuguesa. O Primeiro-Ministro, que discursava na inauguração das novas instalações do Centro de Reabilitação e Integração de Ourém (CRIO), afirmou ainda que a disseminação das instituições de solidariedade social «ajudam em muito aquilo que é a concretização das preocupações que um Estado moderno e desenvolvido deve ter na área social».
Pedro Passos Coelho destacou igualmente o trabalho centenário das misericórdias, realçando que «também muitas outras instituições têm a mesma preocupação e que procuram canalizar a dádiva, a entrega voluntária de muitos na sociedade em favor daqueles que são mais carenciados». Considerou ainda ser «muito importante» haver um «bom entendimento e entrosamento» com estas instituições, pois «não faria sentido apenas por uma questão de preconceito que, dispondo de uma rede tão importante, o Estado na sua missão não se apoiasse fortemente nestas instituições».
Embora os apoios sejam «limitados», Pedro Passos Coelho defendeu que, dentro das escolhas, o Governo continua a concentrar o essencial da despesa pública e dos recursos humanos na área social. O Primeiro-Ministro afirmou não crer que «haja uma divergência significativa quanto à necessidade de darmos prioridade a estas áreas» e considerou que não basta haver sensibilidade para os problemas, é preciso também que possam ter meios para lhes responder.
Pedro Passos Coelho lembrou que «ou conseguimos pôr a nossa economia a crescer devidamente para financiar a área social ou teremos muita sensibilidade social, mas menos respostas do que aquelas que são necessárias».
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, aproveitou ainda esta oportunidade para elogiar a participação de Portugal nos Jogos Mundiais de verão do Special Olympics, que conquistou um total de 44 medalhas e destacou que embora alguns dos atletas já fossem medalhados e tinham tido consagração em jogos anteriores, esta participação conquistou «um palmarés extraordinário».
Portugal fechou a participação nos Jogos Mundiais de verão do Special Olympics, que terminaram no domingo, em Los Angeles, com um total de 44 medalhas. Ao longo dos nove dias de competição, os atletas portugueses, que competiram em nove modalidades, arrecadaram 14 medalhas de ouro, 18 de prata e 12 de bronze.O Special Olympics é um movimento criado há 50 anos por Eunice Kennedy, irmão do antigo presidente dos EUA John Kennedy, para apoiar pessoas portadoras de deficiências intelectuais.