O Governo conseguiu, «dentro daquilo que estava ao seu alcance e dadas as circunstâncias muito especiais em que vivemos durante uma parte significativa desse tempo, cumprir uma agenda que favoreceu a lusofonia económica e que favoreceu também a internacionalização das empresas portuguesas», afirmou o Primeiro-Ministro na cerimónia em que recebeu o Relatório sobre a Lusofonia Económica, em Lisboa.
O relatório entregue ao Primeiro-Ministro foi elaborado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação (ELO).
A estratégia delineada no relatório vai permitir colocar «os Ministros em contacto direto com aqueles que, do ponto de vista associativo, mais experiência congregam na internacionalização da economia portuguesa» disse Pedro Passos Coelho, acrescentando que também possibilita a atração de investimento direto externo.
O Primeiro-Ministro referiu que o relatório, «pela qualidade da estratégia que é apresentada», «será indispensável para qualquer Governo que queira ser bem-sucedido neste domínio», afirmando que «este é um contributo que poderá ser desenvolvido plenamente na próxima legislatura».
«Da mesma maneira que tenho dito que mais vale ter metade de uma empresa viável do que 100% de uma empresa falida, que não tem futuro, direi que com os nossos parceiros lusófonos nós temos a obrigação de estabelecer parcerias com outros parceiros fora da área da lusofonia», sublinhou Pedro Passos Coelho.
O Primeiro-Ministro disse ainda que «Portugal continua a ser um país com um nível de dívida muito elevado, quer do ponto de vista público quer do ponto de vista privado», o que representa uma restrição, embora «hoje as restrições para a economia portuguesa sejam bastante menos exigentes do que eram há quatro anos».
Entre as principais conclusões do relatório destacam-se a relevância económica da língua portuguesa, a importância de manter um fórum de partilha entre entidades governamentais, associativas e empresariais, e a de permitir a participação de todas as partes interessadas numa estrutura transversal na dependência do Primeiro-Ministro.