Solidariedade, 27 abril 2015
 
2015-04-27 às 20:34

AS GRANDES EMPRESAS FORAM CHAMADAS A FAZER «UM SACRIFÍCIO ADICIONAL, EM NOME DA SOLIDARIEDADE SOCIAL»

«Num País que precisa tanto de atrair capital, e capital financeiro, não é muito recomendável que se agravem os impostos sobre o capital, mas parecia-nos ser quase impossível em anos de tanto sacrifício não exigir a todos um contributo adicional», afirmou o Primeiro-Ministro na cerimónia do 10.º aniversário do programa EDP solidária, em Lisboa. Pedro Passos Coelho acrescentou que «as empresas, de um modo geral, foram solicitadas a pagar uma derrama» ao Estado que «pode significar 3% a mais, ou 5% a mais, ou 7% a mais no pagamento do seu IRC» e que a taxa sobre mais-valias financeiras «foi sucessivamente aumentada até aos atuais 28%».

O Primeiro-Ministro classificou estas medidas como «um sacrifício adicional, em nome da solidariedade social» que «ainda não conseguimos, no Programa de Estabilidade que apresentámos, prever a remoção destas solicitações que foram endereçadas quer às empresas maiores quer à área financeira». «O que não quer dizer que, tendo condições para o fazer, o não devamos realizar também nos próximos anos», pois Portugal precisa «de investimento externo como de pão para a boca».

Pedro Passos Coelho referiu ainda que a EDP e outras empresas de energia fizeram «ainda dois esforços adicionais»: «a contribuição extraordinária que foi solicitada ao setor energético» e «as tarifas sociais».

«É muito importante recordar tudo isto», afirmou, porque «muitas vezes no nosso debate público a hipersimplificação conduz às vezes a conclusões um pouco erradas, e é hoje muito fácil fazer críticas públicas às grandes empresas que obtêm grandes resultados, mas é importante que se saiba que essas empresas têm hoje também uma contribuição muito significativa e excepcional para corrigir os problemas por que nós todos passámos».

O Primeiro-Ministro afirmou que a EDP é «um exemplo para as outras empresas», fazendo um balanço positivo da sua privatização, pois «se ela já era uma grande empresa portuguesa, agora é uma empresa ainda com melhores recursos e com mais capacidade para crescer».

Pedro Passos Coelho elogiou a empresa pelo seu papel social e contributo para a economia, atribuindo-lhe um prémio por «ir mais longe do que as suas obrigações legais» no investimento em projetos sociais.

Na cerimónia estiveram também presentes os Ministros da Saúde, Paulo Macedo, e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

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