Assembleia da República, 12 dezembro 2014
 
2014-12-12 às 12:12

«TEMOS REGISTADO UM CRESCIMENTO MODERADO, MAS SUSTENTADO, SEM AGRAVAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA»

«Temos registado um crescimento moderado, mas sustentado, sem agravamento da dívida externa», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal, na Assembleia da República, subordinado ao tema «questões de relevância política, económica e social».

Referindo-se aos dados económicos e sociais registados ao longo de 2014, e sobre as tendências para o ano que vem, o Primeiro-Ministro acrescentou que este crescimento é «apoiado em contas externas positivas, mas também em exportações, que mantêm tendência positiva, apesar do ambiente presente nem ser o mais favorável».

«Observa-se ainda uma recuperação da procura interna, sem por em causa o equilíbrio externo», afirmou também Pedro Passos Coelho, acrescentando que o investimento «tem vindo a retomar, estando a ser dirigido para setor transacionável da economia, enquanto o consumo privado tem vindo a retomar, em linha com a redução do desemprego, bem como da poupança interna». Ou seja, «o aumento do consumo privado não está a ser feito à custa do endividamento externo do País».

O Primeiro-Ministro referiu ainda que Portugal tem hoje «uma economia mais aberta e competitiva, o que perspectiva uma recuperação económica sustentada e saudável». Por estes motivos, Pedro Passos Coelho realçou: «Assinalamos que o fim do programa assistência económica e financeira não significa o retorno às políticas antigas, que conduziram País ao estado de pré-bancarrota».

«O nosso principal desafio para o futuro reside na redução do desemprego, cuja taxa se mantém muito elevada», afirmou o Primeiro-Ministro, acrescentando que «o emprego que se tem criado é, no essencial, progressivamente menos precário, sendo feito maioritariamente pelo setor privado», o que por sua vez resulta de uma «consequência positiva das políticas ativas de emprego» promovidas pelo Governo ao longo desta legislatura.

Em relação ao sistema financeiro, Pedro Passos Coelho referiu que «o sistema bancário fornece hoje maior liquidez, o que por sua vez permite uma melhoria das condições de financiamento para as empresas».

No plano social, o Primeiro-Ministro sublinhou «a necessidade de corrigir as assimetrias existentes». Ainda assim, e apesar de «o risco de pobreza, no geral, ter aumentado, entre os idosos este risco diminuiu, o que se deve - em grande parte - à coesão social existente no País».

«A crise não agravou as desigualdades, e os dados do Eurostat comprovam que a principal quebra dos rendimentos ocorreu entre aqueles que auferem mais, o que comprova que o Governo chamou aqueles que tinham mais condições para contribuir a um esforço maior», acrescentou Pedro Passos Coelho.

Lembrando o novo quadro de fundos europeus que agora se inicia, o Primeiro-Ministro disse que «estes instrumentos, decorrentes do Portugal 2020, possibilitarão o fomento dos investimentos que estão já no terreno, e que conduzirão também ao robustecimento do poder de compra dos portugueses».

Tags: primeiro-ministro, economia, programa de assistência económica e financeira, exportação, dívida, crescimento, empresas, investimento, sustentabilidade, consumo, coesão, desemprego, fundos europeus, portugal 2020