O Primeiro-Ministro destacou a tendência de descida da
criminalidade geral e da criminalidade violenta e grave nos últimos
anos, afirmando que «queremos que os portugueses estejam mais
seguros e se sintam mais seguros e queremos também que os
visitantes e os investidores estrangeiros reconheçam essa segurança
como um dos traços marcantes do nosso País». Pedro Passos Coelho
discursava na inauguração do novo quartel da GNR em Estremoz, onde
também esteve presente o Ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo.
«Da análise da criminalidade desde 2003, é possível confirmar
que 2013 foi o ano em que se registou o valor mais baixo da década
e em que a descida percentual foi a mais significativa»,
cifrando-se nos 6,9%, disse o Primeiro-Ministro acrescentando que a
criminalidade violenta e grave «desceu 9,5% face ao ano anterior de
2012».
Pedro Passos Coelho afirmou esta tendência se mantém no ano
corrente: «Os dados disponíveis relativos ao corrente ano, e que
ainda agora estive a conferir com o Ministro da Administração
Interna, confirmam, quer em termos nacionais, quer no que respeita
ao distrito de Évora, a manutenção desta tendência».
O Primeiro-Ministro declarou que o futuro de Portugal «depende
muito da solidez das instituições democráticas», pelo que o esforço
do País «para investir na qualificação dos portugueses não é menos
importante» do que o que deve dedicar-se «às condições de liberdade
e de segurança». «As duas coisas vão a par e passo», porque «a
capacidade de atrair um grande volume de investimento estrangeiro,
de suscitar emprego sustentável para o futuro» só significa
progresso e desenvolvimento se «outros indicadores ao nível dos
direitos fundamentais se mantiverem a um nível de excelência».
A manutenção dos bons níveis de segurança pública deve-se, «em
grande medida, é justo reconhecê-lo uma vez mais, ao trabalho muito
abnegado de muitos milhares de profissionais das forças de
segurança».
Referindo-se às restrições orçamentais, Pedro Passos Coelho
recordou que afetaram «não apenas as forças e serviços de
segurança, mas todas as instituições, e foram restrições ativas,
sérias e que mostram o compromisso de todos com a necessidade de
pôr em ordem as contas públicas». «Mas é importante sublinhar que
essas restrições, apesar de significativas, não nos impediram de
olhar para o serviço que precisávamos de prestar e não foram um
impedimento melhorar significativamente o produto da sua ação».
O quartel do Destacamento Territorial de Estremoz da GNR
representou um investimento a rondar os 4,3 milhões de euros.